Fabio Lisboa conta histórias na bilioteca Arnaldo Giacomo |
“Quando as primeiras bibliotecas surgiram, havia um zzzzumm, zuzzzum, zzzzumm. Então, uma aranha, muito irritada com o vento causado pelo zumzumzum, que arrebentava os fios delicados de sua teia, fez:
“Shhhhhh”
E como o zunido continuasse, a aranha fez aquilo que fazia de melhor, que era o mesmo que a mãe dela fazia de melhor e que a avó dela fazia de melhor: ela teceu, grudando os lábios zunidores para que houvesse silêncio.
“Shhhhhh”
E como o zunido continuasse, a aranha fez aquilo que fazia de melhor, que era o mesmo que a mãe dela fazia de melhor e que a avó dela fazia de melhor: ela teceu, grudando os lábios zunidores para que houvesse silêncio.
E as bibliotecas tornaram-se casas silenciosas, onde pessoas silenciosas davam passos silenciosos, abriam livros silenciosos e liam silenciosamente.”
O entrevistador João Camilo começa com esta provocação às bibliotecas, especialmente as que ficam às moscas, cheias de teias de aranha nas estantes e nas bocas dos visitantes porque só investiram em livros e não na formação do leitor.
Antes de o leitor curtir o silêncio de uma biblioteca e aproveitar os diálogos internos que um livro proporciona, é preciso que ele seja apresentado ao diálogo externo de um livro mediado por uma voz que dará clareza, fluência e emoção ao texto. Assim, o que era um intrincado amontoado de palavras para o leitor iniciante passa a ter sentido e despertar a vontade de descobrir mais.
Nesta entrevista o Instituto Aletria aprofunda este e outros temas provocativos
O uso da contação de histórias em bibliotecas traz mesmo o futuro leitor para o livro? Na sala de aula, quais os limites das histórias? O que elas podem ensinar e o que elas não podem? Incentivo a leitura é formar escritores também?
Ao contar histórias de origem literária, é melhor modificar ou manter-se o mais próximo do original? Como o texto escrito é inspirado pela contação de histórias (e vice-versa)? Qual é a história campeã?
Leia a entrevista neste link
Aguardo seus comentários aqui e acolá, rs!
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