por
Eduardo Galeano
Diego não conhecia o mar.
O pai, Santiago Kovadloff, levou-o para que descobrisse o mar.
Viajaram para o Sul.
Ele, o mar, estava do outro lado das dunas altas, esperando.
Quando o menino e o pai enfim alcançaram aquelas alturas de areia, depois de muito caminhar, o mar estava na frente de seus olhos. E foi tanta a imensidão do mar, e tanto fulgor, que o menino ficou mudo de beleza.
E quando finalmente conseguiu falar, tremendo, gaguejando, pediu ao pai:
- Me ajuda a olhar!
Referências
Viajaram para o Sul.
Ele, o mar, estava do outro lado das dunas altas, esperando.
Quando o menino e o pai enfim alcançaram aquelas alturas de areia, depois de muito caminhar, o mar estava na frente de seus olhos. E foi tanta a imensidão do mar, e tanto fulgor, que o menino ficou mudo de beleza.
E quando finalmente conseguiu falar, tremendo, gaguejando, pediu ao pai:
- Me ajuda a olhar!
Referências
Texto: "O Livro dos
Abraços" de Eduardo Galeano, Tradução de Eric Nepomuceno, ed.
L & PM.
Foto: Andy Glogower
Dedicatória:
À minha amiga contadora de histórias Rosita Flores - que me
ajudou a olhar, pela primeira vez, das areias da praia, para a poética de
Eduardo Galeano.
Ao meu aprendiz de contador de histórias de 8 anos, Gleisson
- que nunca viu o mar, e me pediu para ajudá-lo a realizar este sonho que, se
Deus quiser, será real em agosto de 2013.