Aqui você encontra a arte de contar histórias (storytelling)
entrelaçada à empatia, mediação de leitura, educação, brincar, sustentabilidade e cultura de paz.

Criança e Consumo: Incontáveis histórias com uma só moral

Personagem Tele Tubbie Roxo com bolsa

 Publicidade disfarçada de entretenimento forma identidade infantil
por Fabio Lisboa (www.contarhistorias.com.br)

As propagandas subliminares foram proibidas pois elas promoviam produtos no nível subconsciente, ou seja, quem as assistia, por exemplo, durante um filme no cinema, não tinha consciência que algo lhe estava sendo vendido[1]. Após a sessão, o espectador saia do cinema louco por consumir o tal produto subliminarmente anunciado. As pessoas saiam com sede, mas não queriam água, estavam “com sede” de determinado refrigerante, de determinada marca!

[1] Vide pesquisas analisadas pelo Dr. Prof. Flávio Calazans.

Ilustração de camiseta Gucci contém uma mensagem subliminar, teoricamente fácil de ser identificada, qual é?

História: Dois Lobos dentro de mim


Conto Cherokee recontado por Fabio Lisboa

Os anciões Cherokee estavam preocupados com um dos garotos da tribo que, por se sentir injustiçado, tornou-se agressivo. O avô do menino o traz para perto de si e diz:

- Eu entendo sua raiva. Há uma batalha terrível entre dois lobos que vivem dentro de mim. Esses dois lobos tentam dominar o espírito de todos nós.

Mãos procuram mãos

Meu sangue está nas suas mãos. Eu não mato vocês. Vocês me mataram. Vocês me mataram quando eu tinha 5 meses antes de nascer. Quando eu chorava sem lágrimas, vida indesejada. Quando eu tinha um ano e só sabia chorar. Quando eu tinha 5 anos aprendi a chorar bem alto. Quando eu tinha 15 anos aprendi a chorar quieto, enquanto por dentro, vivia em prantos.

Você me matou desde o dia em que, da única vez que falei e perguntei seu nome, você riu de mim. Vocês, meninas, me mataram quando riram de mim porque eu era quem eu era. Mas quem eu era? Não sei.

Eu achava que você riam de mim porque eu vim de onde eu vim... Mas de onde eu vim? Não sei... talvez de uma mãe que não me quis... Eu vim de um lugar que não me queria dentro do seu corpo. Nenhuma mulher me quis dentro do seu corpo, quando dentro do coração bastava.

Quando encontrei uma mãe que me queria eu não sabia como querer, eu não sabia como amar. Para os meus irmãos era tão fácil amar. Tão fácil me acharem estranho. Em qualquer lugar era fácil me acharem estranho, principalmente na escola.

Por que não inventaram uma escola de amar?

História: A princesa e a ervilha


Hans Christian Andersen
Tradução e adaptação: Fabio Lisboa
Era uma vez um príncipe que queria se casar com uma princesa. Mas o nobre rapaz não iria se contentar com pouco e queria uma princesa de verdade. Ah, mas como era difícil encontrar princesas de verdade naqueles tempos. Ele viajou pelos reinos mais distantes, à procura da princesa de seus sonhos, mas todas as que encontrou, tinham algum defeito. Não é que faltassem princesas não, muitas se achavam princesas, mas a dificuldade era saber se realmente eram quem diziam ser. O príncipe retornou ao seu castelo desiludido, pois gostaria muito de ter encontrado uma princesa de verdade.
Uma noite desabou uma tempestade no reino. Eram relâmpagos clareando o céu, raios estrondosos e um aguaceiro danado no castelo! Em meio aos trovões, bateram à porta e o rei em pessoa foi atender - os criados estavam ocupados enxugando os cômodos cujas janelas foram abertas pela tempestade.

Criança e Consumo: Que histórias estamos contando e que tipo de sociedade está sendo formada?


Editado por Fabio Lisboa (www.contarhistorias.com.br)

Como se forma, hoje, a identidade de uma sociedade? O que a formação da criança brasileira que assiste, em média, mais de 5h de TV por dia, tem a ver com o consumismo? Veja algumas perguntas e respostas elaboradas pelo Projeto Criança e Consumo essenciais ao aprofundamento e debate sobre o tema.