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Alice, Pinóquio, Maurício de Souza, Nelly Novaes Coelho e Maria Zilda Cunha são algumas das presenças confirmadas
Com o intuito de promover o encontro de estudiosos que elegeram a literatura para crianças e jovens como objeto de investigação, a área de literatura infanto-juvenil da USP realizará o I Encontro de Produções literárias e Culturais para Crianças e Jovens/Literatura e Sociedade, nos dias 03,04 e 05 de Agosto, na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP (FFLCH).
Teremos como tema especial as obras Alice no País das Maravilhas e As Aventuras de Pinóquio, escritas por Lewis Carroll e Carlos Collodi, respectivamente, e suas adaptações para diferentes linguagens. “Tal escolha se dá por serem duas grandes representantes de obras clássicas que transitam pelo universo infantil e juvenil, revestidas de contemporaneidade graças às diversas releituras feitas, para diferentes públicos e idades e em suportes distintos”, explica a Profª. Drª. Maria Zilda da Cunha, Coordenadora do Departamento de Literatura Infantil e Juvenil da Faculdade de Letras da USP, e também a criadora do evento, juntamente com o Grupo de Pesquisa: Estudos De Produções Literárias e Culturais para crianças e jovens.
Com o objetivo de promover e disseminar o diálogo estabelecido pela literatura com outras produções culturais, e considerando essa interação relevante na discussão acadêmica, o evento é voltado a educadores, escritores, pesquisadores e estudantes que se interessem pela formação do leitor contemporâneo. Dentre os destaques da programação do I Encontro de Produções literárias e Culturais Para Crianças e Jovens/Literatura e Sociedade está a conferência com a escritora e crítica literária Nelly Novaes, responsável pela criação da área de literatura infanto-juvenil da USP, Maurício de Souza, criador da Turma da Mônica, Odilon Moraes, ilustrador e escritor, entre outros importantes especialistas que contemplam as áreas de teatro, animação e cinema, que trarão sua contribuição para esse fórum de debates e reflexões.
O evento inédito também conta com a apresentação de trabalhos desenvolvidos pelo grupo de estudos da Área de Literatura Infantil me Juvenil da USP. As inscrições podem ser feitas pelo site http://www.grupoplccj.webnode.com.br/ ou pessoalmente no dia do evento. Os participantes dos 3 dias receberão certificado da Universidade de São Paulo.
Confira a programação completa dos 03 dias do evento aqui:
1º ENCONTRO NACIONAL DE PRODUÇÕES LITERÁRIAS E CULTURAIS PARA CRIANÇAS E JOVENS/LITERATURA E SOCIEDADE
Organização:
Profª. Drª. Maria Zilda da Cunha, coordenadora da Área de Literatura Infantil e Juvenil Profª. Drª. Maria Cristina X. de Oliveira
Maria de Lourdes Guimarães
Grupo de Estudos Produções Literárias e Culturais Para Crianças e Jovens
Tema: Alice e Pinóquio - Versões e Diálogos na releitura dos Clássicos
PROGRAMAÇÃO
03/08/10
14h00: 14h15: Recepção de convidados e entrega de material
14h15: Abertura: Profª. Drª. Maria Zilda Cunha
Homenagem à escritora Profª. Drª. Maria Lúcia Pimentel Góes
14h30: Conferência: Profª. Dra. Nelly Novaes Coelho
15h30 – 16h15: Mesa-redonda: As interfaces de Alice e Pinóquio no Brasil
Participamtes: Odilon Moraes (ilustrador), João Gomes de Sá (escritor e poeta) e
Silvana Salermo (escritora). Mediação; Prof. Dr. Nicolau Gregorin Filho
16h15 – Abertura da exposição permanente de livros: Profa Dra Ana Lúcia Brandão
16h20 às 16:35: Intervalo
16h35 – 17h45: Apresentação de trabalhos do grupo de estudos
18h00: Exibição do filme “Pinóquio”, com comentário da Profª. Drª. Fabiana Marquesini
Local: FFLCH (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP) - Prédio da Letras - sala 266
04/08/10
14h00 – 15h00: Palestra: Maurício de Souza - As adaptações de clássicos para a HQ
15h00 – 16h15: Mesa-redonda: Adaptações de Alice e Pinóquio – a arte do teatro e da animação.
Participantes: Alexandra Golik e Carla Candiotto, do Grupo Cia Le Platt Du Jour, Prof. Alexandre Haddad (especialista da área de animação) e Profª. Drª. Maria dos Prazeres Mendes. Mediação Profª. Drª. Maria Zilda Cunha.
16h15 – 16h30: Intervalo
16h30 – 17h45: Apresentação de trabalhos do grupo de estudos
18h00: Exibição do filme “Alice no país das maravilhas” com comentário de Natália Thomaz (Mestranda em ECLLP)
Local: FFLCH/Sociais – auditório (térreo)
05/08/10
14h00 - 15h00: Palestra: Andréa Simão – Adaptação da literatura para o cinema
15h00 – 16h00: Apresentação de trabalhos do grupo de estudos
16h00 – 16h15: Intervalo
16h15 – 17h00: Apresentação de trabalhos do grupo de estudo
17h00: Apresentação da obra multimídia “Menina Sonho” de Adriana Peliano
Encerramento com Profª. Drª. Maria Zilda Cunha
Local: FFLCH/Letras sala 266
Exposição de Livros
Durantes os 3 dias do evento haverá uma exposição de livros e HQs que contemplam traduções e adaptações das obras “As Aventuras de Pinóquio” de Carlos Collodi e “Alice no País das Maravilhas” de Lewis Carroll.
Distribuição das apresentações do Grupo de Estudos
Dia 03/07
16h35 – 17h45
Ricardo Ramos Filho: A questão da mentira na obra de Collodi e de Lobato
Os dois escritores criaram bonecos que mentiam. As conseqüências, porém, eram diferentes. Sabemos que o nariz de Pinóquio crescia, e o que acontecia com Emília? Autores com concepções diferentes de crianças e visões particulares de mundo, tiveram abordagens distintas no que se refere às questões ligadas à mentira. Vamos nos deter um pouco sobre algumas particularidades ligadas ao tema.
Ana Lúcia Brandão: Diferentes humores em três tempos: Lobato, Orthof e Carroll
O humor se manifesta de formas diferentes na obra de Lobato Orthof e Carroll. São diferentes humores frutos de época e culturas diferentes. Vamos dar características gerais do humor matiz da cultura brasileira e o Humor enquanto crítica social em Lewis Carroll.
Itamar Santos: Buscas
O trabalho aborda o encontro entre Alice e Pinóquio num jardim, onde ambos, perdidos procuram pela saída. Ao encontrarem um coelho que corre e entra em sua toca, seguem-no. A imbricação dos mundos de Alice e Pinóquio é o caminho que estes dois personagens necessitam para suas buscas, ou seja, a identidade, a auto-afirmação e a aceitação. E nessa intertextualidade, nessa reelaboração textual a que nos propusemos, verificamos o quanto o ser humano em suas buscas transita pelo mundo do non-sense. Apresentamos algumas idéias que permeiam a existência do homem, provenientes de releituras das histórias de Pinóquio e Alice. E buscamos ainda construir uma relação das personagens com "As viagens de Gulliver", estabelecendo uma analogia entre os universos ficcionais. |
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Dia 04/07
16h30 – 17h45
Andrea Castelaci e Rogério: Entre a imersão e superfície efeito das referências no cinema
Resumo
Alguns objetos artísticos têm sido referência presente em diferentes contextos, linguagens e momentos históricos, pois a modernidade e a pós-modernidade têm ratificado o momento a que Walter Benjamin se referiu como a era da reprodutibilidade técnica. Tal idéia é criticada por Adorno pela não garantia de que se conquistasse a verdadeira consciência analítica acerca do objeto artístico e por posicionar a obra de arte sob o risco da limítrofe circunstância de ícone, cuja leitura seria destituída de profundidade. Considerando, nesse contexto, a obra de Lewis Carrol “Alice no País das Maravilhas” como objeto de referência direta e indireta da arte cinematográfica, sendo reproduzida a despeito de sua “aura”, apresentaremos, neste trabalho, algumas dessas referências à obra de Carrol presentes em filmes, buscado analisar como os elementos constitutivos de tais intertextualidades, conscientizam ou limitam a leitura do receptor acerca do referente. | |
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Anne Kelly Pendelosky: Emília X Alice
O trabalho que pretendo apresentar é a relação de intertextualidade existente entre as obras “Alice through the looking-glass” de Lewis Carrolle a obra “A chave do tamanho” de Monteiro Lobato. Buscarei analisar dois capítulos, especificamente: “The garden with live flowers” e “Viagem pelo jardim”, em que as personagens principais, Alice e Emília, respectivamente, apresentam-se em meio a um jardim com a sua forma de tamanho extremamente reduzida, fato que as aproxima em primeiro momento. No entanto, cada uma vivencia essa experiência de forma diferente: Alice e as flores conversam, Emília busca explicar o jardim de forma racional e científica, o que as diferencia. Buscarei analisar os dois capítulos observando as condições de produção, as características das duas personagens e seus comportamentos. |
Fabio Lisboa: Alice no país das maravilhas e o tradicional e o novo ao contar historias
As aventuras de Alice, na voz de um contador de histórias, em contraste com duas outras obras que convidam crianças e jovens a percorrerem labirintos: o mito do Minotauro (tradicional) e O Mistério Amarelo da Noite (novo). Seja na leitura, na escrita ou na escuta, quanto o tradicional tem de novo e vice-versa? Em debate, o que estas obras tem a dizer sobre o leitor do século XXI e o ressurgimento do contador de histórias. Cabe aos narradores contemporâneos contarem histórias ouvidas a milênios, escritas a centenas de anos ou assistidas e digitadas (em poucos caracteres) hoje...
Dia 05/07
16:15 às 17h (acertar esse horário até 18h)
Nathália Tomaz – O percurso de Alice pelos labirintos da linguagem de Lewis Carroll
De origens míticas, o labirinto é um desafio, no qual o aventureiro precisa encontrar seu caminho, em um emaranhado de veredas que o confundem. Presente no imaginário da humanidade, muitas vezes, a arquitetura labiríntica transforma-se em metáfora, extrapolando limites de um espaço físico e chegando a designar uma rede complexa de pensamentos. Na literatura infantil, em Alice no País das Maravilhas, ganha destaque o entrecruzamento de possibilidades criado por Lewis Carroll, que, ludicamente, traçam caminhos a serem percorridos pela personagem e que levam o leitor pelas vias da complexidade do nonsense a experimentar uma radical subversão da lógica cartesiana e aristotélica (a que tão bem está acostumado). Nosso trabalho busca compreender o percurso labiríntico pelo qual a personagem se perde (e com ela, o leitor), ao mesmo tempo em que as referências lógicas também vão sendo perdidas e refuncionalizadas. As dificuldades de Alice para expressar-se no País das Maravilhas e lidar com as criaturas que o habitam causam no leitor a necessidade de pensar em novas possibilidades lógicas, caminhos diferentes do estabelecido.
Maria Auxiliadora Baseio - Viagem de Alice: sob o signo e o sonho de uma razão aventureira
O presente estudo analisa o simbolismo da viagem no livro Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carrol. Ao reunir aventura e travessia iniciática, a personagem acena para um desejo profundo de transformação: em si mesma e na sociedade que a cerca. Sob o signo da razão cientificista que alimenta o paradigma da época, Alice não hesita em nos oferecer, em contrapartida, a experiência onírica e inventiva que compõe o homo ludens, sinalizando a possibilidade de um novo paradigma.
Palavras-chave : viagem – identidade - lúdico – sociedade vitoriana
Vanessa Marques - Os diminutivos em quatro versões brasileiras de Pinóquio
Um pedaço de madeira mágico esculpido se transforma em marionete que age como um menino, mas anseia ser de carne e osso. O maravilhoso está claramente presente na narrativa de Collodi, Le avventure di Pinocchio, e na jornada de Pinóquio até se tornar um menino de verdade temos situações que indiretamente demonstram como ser uma pessoa do bem, como distinguir o certo do errado. Essa obra italiana de 1883 foi a escolhida para discussão de como traduzir literatura infantil. Clássico da literatura infantil, Le avventure di Pinocchio teve nove traduções publicadas entre 2002 e 2008, e dessas, para o Trabalho de Graduação Individual (TGI), do curso de Língua e Literatura Italiana da FFLCH/USP, escolhemos quatro para analisar os pontos de maior divergência de léxico, tradução de pronomes, diminutivos e oralidade. Para esse artigo, analisaremos as soluções para tradução de diminutivos.Atualmente, a preocupação com a literatura infantil aumentou consideravelmente como ferramenta didática e para entretenimento, justificando assim, a importância de se pensar em como traduzir para crianças, já que as obras traduzidas ainda têm seu papel, e o tradutor deve ter consciência desse público peculiar, que requer uma linguagem específica, que transmita o lúdico, a fantasia e a magia sem ser pedante ou piegas.
Fabiana Tavares - Inteligência Artificial como intertexto com Pinóquio
Trabalhos em outros formatos, com apresentações nos três dias:
Móbiles – David, Juliana, Maria Laura
Vídeo clip – Thaís, Lia e Vanessa
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