Aqui você encontra a arte de contar histórias (storytelling)
entrelaçada à empatia, mediação de leitura, educação, brincar, sustentabilidade e cultura de paz.

Estrelas cadentes podem realizar desejos

Eta Aquarídeos registrados em 2013 na Austrália pelo astrofotógrafo Colin Legg
Estrelas cadentes podem, sim, realizar desejos. Principalmente se o seu desejo é ver estrelas cadentes e você não mora numa cidade encoberta pela poluição, pela luminosidade excessiva e está lendo isto no tempo certo (duplamente) - ou seja, em noites com o céu aberto e na primeira semana de maio de 2014. Neste período,  rastros do cometa Halley, 28 anos depois de sua passagem 56 milhões de quilômetros rente ao nosso planeta, voltam a cair na Terra criando um chuva de meteoritos, mais poeticamente conhecidos como estrelas cadentes.
  
Mas se não estiver lendo este post no “tempo certo” e nem na cidade certa saiba que você também pode enxergar estrelas cadentes, realizar desejos e até desanuviar um céu nublado. E tudo começa com uma história.

Boca do Céu 2014 – Inscrições, Programação e Histórias do Encontro Internacional de Contadores de Histórias



Como sempre, a maravilhosa programação do Boca do Céu é toda gratuita. Dessa vez, além das atividades na Oficina Cultural Oswald de Andrade (Rua Três Rios, 363 – Bom Retiro – São Paulo – SP, próxima ao metrô Tiradentes), parte da programação ocorre no Instituto Itaú Cultural (Avenida Paulista, 149 – São Paulo/SP – próximo ao metrô Brigadeiro).

As inscrições para as oficinas ocorrem de 7 a 14 de abril diretamente pelo site Boca do Céu (links seguem abaixo). Para o restante da programação, normalmente são distribuídas senhas no dia, uma hora antes de cada atividade.

Veja a seguir o que diz a idealizadora e curadora Regina Machado sobre a edição 2014 e, no final do post, algumas histórias de mestres contadores de histórias que já passaram em edições anteriores pelo Boca.

Roger Mello vence o Prêmio Hans Christian Andersen 2014


Roger Mello é o ilustrador brasileiro ganhador do Prêmio Hans Christian Andersen 2014, equivalente ao Nobel da Literatura Infantil e Juvenil!

Isso é história

Silvester Stallone - Rambo III
por Fabio Lisboa
sobre projeto de Oldimar Cardoso

O que é história? Por que a gente estuda na escola a matéria chamada “história”? O que o terrorismo tem a ver com justiça e liberdade? O que Osama bin Laden tem a ver com Rambo? O que o blog “Contar Histórias” e os narradores orais tem a ver com tudo isso, rs? E afinal, o que fazemos, contamos estórias ou histórias?

História: Um bom lugar para construir um templo

  
Tradição oral - Reconto: Fabio Lisboa

 Deus estava à procura de um local sagrado para que ali se construísse um templo. Em Jerusalém, observou dois irmãos que colhiam trigo. Nesses dias, há mais de 4 mil anos, esses dois homens simples do campo presenciariam um milagre.

História: O Anel do Rei e a Justiça

História da tradição oral – reconto: Fabio Lisboa

Era uma vez, há muito tempo na África, no reino Monomotapa, um rei que era conhecido por buscar sempre a justiça e a verdade. Esse rei possuía um anel poderoso. Diziam que com o anel o rei podia enxergar a verdade até mesmo por trás de palavras falsas. E com a ajuda do poder do anel, a justiça sempre saia triunfante.

O anel havia sido forjado por artesãos de outros tempos e acompanhava os reis desde então. Era feito de ouro do rio Nilo, incrustrado com adornos de prata do rio Congo e cravejado de diamantes do rio Zambezi. O anel, assim como rei, representava a união de várias tribos da África, em especial das regiões que hoje conhecemos como Zimbábue e Moçambique.

Os chefes espirituais das várias tribos, que eram os responsáveis pela escolha do rei Monomotapa, viviam em certa harmonia, com exceção de Roswi, que não havia escolhido aquele rei, que questionava o seu poder e cobiçava o seu anel.

História: O velho, o fardo e a morte

 
 História da tradição oral recontada por Fabio Lisboa

Um velho caminha a passos lentos pela estrada... Carrega nas costas um fardo pesado.

O homem, encurvado, não aguenta mais sustentar aquela carga na vida. Até tal ponto que, bufando, joga o fardo no chão, praguejando:

- Ufff, que fardo pesado é esse que eu carrego nesta vida! Se continuar desse jeito, de que adianta viver? Seria melhor encontrar logo com a MORTE.

O ar fica pesado e a morte aparece:

- Me chamaste?

O velho, sem graça, se abaixa rapidamente dizendo:

- Sim, chamei sim, dona Morte, er, pra senhora me ajudar a por de volta este fardo nas minhas costas. É que ele me escapuliu, obrigado. Olha, daqui pra frente eu mesmo levo, pode ir e... não precisa voltar tão cedo, viu?

A morte de fato partiu e, depois daquele breve encontro... não é que o fardo do velho parece que ficou bem mais leve...

História da tradição oral recontada por Fabio Lisboa

Referências

Ouvi esta história contada por Ilan Brenman em 2012 na Casa da História - espaço cultural e sede das Meninas do Conto.

Imagem
Foto: http://www.cheddarcheesemedia.com/nepal/journal18.php

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