Aqui você encontra a arte de contar histórias (storytelling)
entrelaçada à empatia, mediação de leitura, educação, brincar, sustentabilidade e cultura de paz.
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Estrelas cadentes podem realizar desejos

Eta Aquarídeos registrados em 2013 na Austrália pelo astrofotógrafo Colin Legg
Estrelas cadentes podem, sim, realizar desejos. Principalmente se o seu desejo é ver estrelas cadentes e você não mora numa cidade encoberta pela poluição, pela luminosidade excessiva e está lendo isto no tempo certo (duplamente) - ou seja, em noites com o céu aberto e na primeira semana de maio de 2014. Neste período,  rastros do cometa Halley, 28 anos depois de sua passagem 56 milhões de quilômetros rente ao nosso planeta, voltam a cair na Terra criando um chuva de meteoritos, mais poeticamente conhecidos como estrelas cadentes.
  
Mas se não estiver lendo este post no “tempo certo” e nem na cidade certa saiba que você também pode enxergar estrelas cadentes, realizar desejos e até desanuviar um céu nublado. E tudo começa com uma história.

Por que contar histórias antes de dormir? (2ª parte)


Uma resposta simples e quatro ensinamentos

A resposta aparentemente simples está na 1ª parte desta postagem, cujo clima pode ser retomado quando...

(...) o estrado parava de ranger, o quarto de subir e descer, o colchão deixava de cumprir a função de pula-pula e enfim, a cama voltava a ser cama. Elástica, começava a ficar a nossa mente. Com a nossa imaginação pegando carona em camelos atravessando desertos, com crianças desbravando florestas e em foguetes indo para o espaço conseguíamos esticar pra longe o nosso olhar e ao mesmo tempo nos ver mais de perto. Ao enxergar quem éramos, a nos sentir parte de algo maior e maravilhoso, aos poucos, calmamente, dormíamos. Sim, contar histórias serve para fazer as crianças dormirem.

Mas o leitor atento já reparou que, a partir desta resposta pessoal um pouco mais elaborada, contar histórias serve, no mínimo, para ensinar mais quatro coisas:

Por que contar histórias antes de dormir?


Uma resposta aparentemente simples...

A resposta simples seria: contar histórias serve para fazer a criança dormir, ora! Quando criança, ao ouvir o fatídico chamado “hora de dormir”, eu obedecia na hora pois adorava pular para a cama. Bem, o mais correto seria dizer que eu adorava pular na cama. Na vertical! E a alegria de se imaginar um atleta olímpico na “cama elástica” e desafiar os pais não tem hora.
Bem, acredito que a infância desafiadora e saltitante não tenha mudado muito nestas poucas dezenas de anos (talvez com exceção dos “duplo twist carpados em 3D” e outros saltos “kinécticos” que não existiam até então).

Mas os pais continuam tendo o poder de impedir que as camas desmontem antes da criança completar 6 anos. Uns impõe sua autoridade pela lei do mais forte, pelo corte de algum prazer sensorial como ficar sem sobremesa (ou TV) ou então pela recompensa. No quesito recompensas sensoriais, alguns pais oferecem chocolates e doces (infalíveis, claro, mas obviamente nada educativos nem tampouco saudáveis) como moeda de barganha. Todavia, este tipo de escambo é inegociável quando se tem uma mãe nutricionista, então, por mais que eu e meu irmão tentássemos, a mínima cota diária de doce raramente era ampliada ­- e nunca para impedir nossos saltos quase-mortais.

No entanto, a recompensa que minha mãe oferecia era insuperável. Tinha mil formas, mil sabores, em mil mundos diferentes com mil sóis brilhantes. Podia ser na forma simples de uma casinha no meio da floresta, um abrigo que acolhe meninos e meninas perdidos na mata. E essa casinha, podia ser muito mais doce do que uma barrinha de chocolate porque a casa inteira era feita de doces... afinal, podia ser a casa da bruxa de João e Maria!

O medo e o acolhimento


por Maria Paula Barros

“Mãe, posso dormir na sua cama?” é uma das frases mais comuns nas noites de quem tem filho pequeno.  Muitas vezes, a voz da criança nos mostra um medo verdadeiro e uma certeza de que ele não pode ficar sozinho.  Como ajudar a criança nesses momentos?