Aqui você encontra a arte de contar histórias (storytelling)
entrelaçada à empatia, mediação de leitura, educação, brincar, sustentabilidade e cultura de paz.
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O Pequeno Príncipe: Essencial


O olhar de um contador de histórias para a adaptação do livro de Exupéry pelo Grupo Sensus
Por Fabio Lisboa
O Pequeno Príncipe, além de obra Essencial, agora, é também Sensorial...
Venho lendo a história do Pequeno Príncipe desde os 12 anos de idade. E, em diferentes períodos da vida relendo-o à luz de diferentes interpretações, reconhecendo em mim traços de cada um dos diferentes personagens, do aviador, dos habitantes dos planetas e, claro, do menino viajante do planeta B614.
Acho fascinante saber que o Principezinho busca ajudar a sua rosa, que ele considera ser a única no universo. Ele faz uma jornada interplanetária por causa dela. Na Terra, se decepciona, ao descobrir centenas iguais a ela. No entanto, com a ajuda da amiga Raposa, descobre que, pelo fato do menino cultivar e cuidar da planta, de tê-la acompanhado crescer e desabrochar, aquela rosa se torna, para ele, única. Assim, um cativa o outro.
E com a sua história, que obviamente vai muito além do recorte acima, Antoine de Saint-Exupéry também cativou, para sempre, os leitores daqui, dali, de agora e de todos os tempos.

A função da arte 1


por Eduardo Galeano

Diego não conhecia o mar. O pai, Santiago Kovadloff, levou-o para que descobrisse o mar.

Viajaram para o Sul. 

Ele, o mar, estava do outro lado das dunas altas, esperando.

Quando o menino e o pai enfim alcançaram aquelas alturas de areia, depois de muito caminhar, o mar estava na frente de seus olhos. E foi tanta a imensidão do mar, e tanto fulgor, que o menino ficou mudo de beleza. 

E quando finalmente conseguiu falar, tremendo, gaguejando, pediu ao pai: 

- Me ajuda a olhar! 


Referências
Texto: "O Livro dos Abraços" de Eduardo Galeano, Tradução de Eric Nepomuceno, ed. L & PM.

Dedicatória:
À minha amiga contadora de histórias Rosita Flores - que me ajudou a olhar, pela primeira vez, das areias da praia, para a poética de Eduardo Galeano.
  
Ao meu aprendiz de contador de histórias de 8 anos, Gleisson - que nunca viu o mar, e me pediu para ajudá-lo a realizar este sonho que, se Deus quiser, será real em agosto de 2013.


Pedro Bandeira e a viagem ao jovem leitor: Pra onde vamos?

Ilustração de Rogerio Borges em Kindlin na Floresta Encantada
"O livro te leva aonde você quiser!"
Pedro Bandeira 

Por Fabio Lisboa

Como no tempo da ficção, as mais de duas horas com Pedro Bandeira passaram voando! O encontro fez parte do “Segundas Intenções”, programação cultural variada que ocorre intencionalmente às segundas, claro, na BSP (Biblioteca de São Paulo). Lá, passeamos pelos sítios de Monteiro Lobato, rios de Mark Twain e ruas dos karas. O autor, que conquistou o público infantil e juvenil com mais de 20 milhões de exemplares vendidos, falou sobre a descoberta do prazer em ler, sobre sua infância e suas referências literárias que o ajudaram a sonhar, sobre seu empenho como escritor, sua entrada no mundo da literatura infantojuvenil e a responsabilidade de escrever para este público, e também sobre a criação do grupo secreto mais famoso entre os pré-adolescentes do Brasil: os Karas!

Em “Prazer em Ler: Um bate-papo sobre leitores em formação”, Bandeira abordou o contexto do local onde estávamos (o ex-presídio do Carandiru) transformado em Parque da Juventude e Biblioteca de São Paulo. O autor nos leva a crer que as casas de detenção onde os excluídos do convívio na sociedade são jogados só vão ser menos lotadas quando a educação os incluir. E para isso, a leitura é fundamental.

Mas não a leitura obrigatória, árida, distante da capacidade de compreensão dos leitores em formação. E sim a “leitura doce”, próxima, libertadora, transformadora.

Mas como a leitura pode ser próxima, livre e doce? Bem, cabe defender a importância dos pais, professores, contadores de histórias e tantos outros mediadores no apoio na transição da fala para a escuta, da escuta para a escrita, do real para o imaginário (e vice-versa).

Seminário O Tradicional e o Novo ao Contar Histórias

Seminário Literatura Infantil e Hipermídia: Novos Suportes para a arte.

Na próxima quinta-feira, 19/11, 21:10 h, na USP, aula de Literatura Infantil e Juvenil do prof. Jose Nicolau Gregorin Filho, prédio “Queijinho” da Faculdade de QUIMICA.

No dia, alem da análise teórica, contarei um trecho de meu livro (O Mistério Amarelo da Noite) - a ser pré-lancado às 19:30h, terça-feira, dia 8/12 na Casa das Rosas que prevê uma interação Leitor-Criação Literária, Livro-Internet: http://www.wmfmartinsfontes.com.br/misterioamarelodanoite/convite_CR



Seguem 3 dicas de pesquisa sobre o tema:

1. Dica teórica:
A leitura hipermídia: formando os leitores do século XXI, por José Augusto de Abreu Nascimento
Comunicação no IV Congresso de Letras da UERJ- São Gonçalo -2007
http://www.filologia.org.br/cluerj-sg/ANAIS/IV/completos/comunicacoes/Jos%C3%A9%20Augusto%20de%20Abreu%20Nascimento.pdf

2. Dicas práticas nacionais:
http://www.angela-lago.com.br/
http://www.capparelli.com.br/
http://www.wmfmartinsfontes.com.br/misterioamarelodanoite/

3. Dica prática internacional:
http://www.wetellstories.co.uk/

Referências bibliográficas:
GOES, Lucia Pimentel – Olhar de descoberta – Edições Paulinas, 2003
http://www.paulinas.org.br/loja/DetalheProduto.aspx?IDProduto=4358

MATOS, Gislayne Avelar – A palavra do contador de histórias: sua dimensão educativa na contemporaneidade – São Paulo: Martins Fontes, 2005
http://www.wmfmartinsfontes.com.br/detalhes.asp?ID=489449