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História: Que silêncio!

Por Fabio Lisboa


A noite estrelada, enluarada e tranquila estava perfeita para um passeio ao redor da lagoa próxima ao templo.

Após caminhar um pouco, ao lado do silencioso mestre, o discípulo comenta:

- Que silêncio!

- Não diga “que silêncio”, diga “não escuto nada”. 

- Que diferença faz, mestre?

- Faz toda a diferença se você, em vez de dizer, apenas pensar e, depois disso, parar de pensar alto até conseguir escutar, de fato, o que lhe diz o silêncio da noite.

Caminharam mais um pouco. O discípulo continuava inquieto:

- Pois se fizer isso, o que poderia escutar, mestre?

- É possível que escute o brilho das estrelas e o reflexo da Lua; o murmúrio das águas e a prosa dos ventos; o coro de cigarras e sapos… ou o voo silencioso dos pássaros. Talvez escute também os nossos passos à pé - e até pensamentos -, suaves ou ruidosos, ou ainda, o que mais ouvir que a noite lhe disser… isso até uma voz cortar o silêncio.

- E o que diz esta voz, mestre?

- Que silêncio!

 Reconto de Fabio Lisboa livremente inspirado em história da tradição oral

Imagem: IA por Fabio Lisboa e Bing.

História: O sentido da vida


História da tradição oral japonesa recontada por Dan Yashinsky

Nesta história zen, o discípulo pergunta ao mestre:

- Mestre, qual o sentido da vida?

SLAP!

O professor estapeia o aprendiz... E diz:

- Como você ousa trocar uma pergunta tão bonita quanto essa por uma resposta?


História zen recontada por Dan Yashinsky - tradução e adaptação: Fabio Lisboa


Referências
História ouvida na oficina de Dan Yashinky durante o Boca do Céu – Encontro Internacional de Contadores de Histórias 2014

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História: O discurso silencioso

Fairy Wren - Foto: Duade Paton

História da tradição zen recriada por Fabio Lisboa

A alvorada no templo chegou com alvoroço. Todos haviam madrugado e já esperavam o mestre chegar trazendo com ele derradeiras palavras de iluminação. O velho sábio iria retirar-se do templo e meditar por 10 anos nas montanhas. Então esta seria uma oportunidade rara, senão a última, de ouvir o que o ancião tinha a dizer.