Aqui você encontra a arte de contar histórias (storytelling)
entrelaçada à empatia, mediação de leitura, educação, brincar, sustentabilidade e cultura de paz.
Mostrando postagens com marcador Justiça. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Justiça. Mostrar todas as postagens

História: O Anel do Rei e a Justiça

História da tradição oral – reconto: Fabio Lisboa

Era uma vez, há muito tempo na África, no reino Monomotapa, um rei que era conhecido por buscar sempre a justiça e a verdade. Esse rei possuía um anel poderoso. Diziam que com o anel o rei podia enxergar a verdade até mesmo por trás de palavras falsas. E com a ajuda do poder do anel, a justiça sempre saia triunfante.

O anel havia sido forjado por artesãos de outros tempos e acompanhava os reis desde então. Era feito de ouro do rio Nilo, incrustrado com adornos de prata do rio Congo e cravejado de diamantes do rio Zambezi. O anel, assim como rei, representava a união de várias tribos da África, em especial das regiões que hoje conhecemos como Zimbábue e Moçambique.

Os chefes espirituais das várias tribos, que eram os responsáveis pela escolha do rei Monomotapa, viviam em certa harmonia, com exceção de Roswi, que não havia escolhido aquele rei, que questionava o seu poder e cobiçava o seu anel.

História: O que é justo...


Conto da tradição oral irlandesa recontado por Fabio Lisboa

Este conto relata o encontro de dois personagens irlandeses históricos que viveram no início do século XIX, um deles, um homem muito simples e injustiçado; o outro, um letrado advogado; incansável buscador de justiça.


Wilson Paddy Wood era um lenhador humilde e honesto que morava num pântano mas visitava quase todo santo dia a cidade vendendo um pouco de lenha a um preço justo e comprando o que comer e vestir. Mesmo vestindo roupas fora de moda e largas - que, aliás, combinavam com sua espessa barba, cabelo desgrenhado e com seu peludo jumento - era bem visto pela maioria, que se encantava com sua simplicidade e bom coração. Wilson dizia assim:

- O que é justo é justo: Madeira! Madeira! Pague o quanto puder! Se não puder, pague quanto puder - e quando puder!