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VOOK: ele pode mudar a vida de leitores e o rumo da literatura



Por Vivian Rio

A cada novidade tecnológica, um novo termo é criado. Essas novas palavras que vão tomando conta do vocabulário do dia a dia são os chamados neologismos. Mouse, googlar (buscar no Google), e-book, twitter (e suas derivações, como tuitar –aportuguesado – twittiqueta) são alguns exemplos.

A mais recente novidade no vocabulário é o termo “vook”, denominação à última inovação na leitura. O “vook” é o book tecnológico-visual, em que há a convergência de livro escrito, vídeos de alta qualidade e o poder da internet em uma mesma história.

O Tradicional e o Novo ao Contar Histórias

Quem vence a batalha da linguagem:
O contato narrativo humano ou a tecnologia audiovisual?

Os novos meios e tecnologias (TV, videogames, Internet...) afastam as crianças e jovens de ouvirem histórias e lerem livros? Os pais e professores devem proibir, ignorar ou encontrar conexões entre as tradicionais e novas linguagens?

O mestre de contadores de histórias Dan Yashinsky nos lembra que a discussão do Tradicional x  o Novo ao Contar histórias não é nova...

O rei chamou o seu filósofo para refletirem sobre o mais novo invento do reino. Era algo que faria as pessoas se lembrarem do que ouviam. Uma invenção que faria com que os textos declamados fossem perpetuados intactos para gerações futuras mesmo depois dos aedos[1], portadores da palavra, morrerem.

Essa nova tecnologia chamava-se “escrita”. Debatiam o filósofo e o rei, no entanto, se fosse mesmo implantada essa reengenharia na comunicação, mudanças graves poderiam ocorrer: a começar pelo aedos, que perderiam os empregos! E o pior, no futuro, sem ter os contos como ponto de encontro, sem ter mais o que contarem umas às outras, mesmo juntas, num mesmo ambiente, as pessoas ficariam isoladas! Mas e os benefícios, valeriam a pena?

O aprendizado da escrita permitiria mesmo aos súditos do rei se lembrarem do que ouviam? Ou os faria esquecer ainda mais rápido? Afinal, quem soubesse decifrar os códigos de um texto não precisaria mais prestar atenção ao que ouvia...