Aqui você encontra a arte de contar histórias (storytelling)
entrelaçada à empatia, mediação de leitura, educação, brincar, sustentabilidade e cultura de paz.
Mostrando postagens com marcador mediação de leitura. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador mediação de leitura. Mostrar todas as postagens

História zen: O templo sem portas

Foto: Omar Sherif


Reconto por Fabio Lisboa

Numa região distante, num tempo em que as portas, se existissem, ficavam abertas, o monge foi interrogado por um forasteiro:

- Por que este templo não tem portas?

- Pra que todos possam entrar e o templo esteja sempre aberto - explicou, calmamento, o monge.

- Mas pessoas indesejadas podem entrar, ladrões, por exemplo - insistiu o recém-chegado curioso viajante.

- Não há nada o que roubar. Muito menos a nossa paz de espírito. Tudo o que ganhamos de valor material doamos imediatamente aos necessitados.

- E se vierem bagunceiros, arruaceiros, alguém que grite, lhes insulte, fale insistentemente durante a leitura ou meditação, alguém que roube a paciência de vocês, o que farão?!

- Neste caso nós simplesmente ignoramos e a pessoa vai embora.

O forasteiro pareceu não compreender as palavras, levantou o tom de voz e continuou indagando.

O monge se limitou a ignora-lo e sorrir. O viajante, enfim, se cansou e saiu do templo.

O monge o chamou de volta e disse:

- Viu, funciona!

História da tradição oral recontada por Fabio Lisboa

Temas: Contação de Histórias, Tradição Oral, Mediação de Leitura, Cultura de Paz, CNV - Comunicação Não-Violenta, Storytelling, Ahimsa.

Foto: Bali, Indonesia, por Omar Sherif - licença free use by Unsplash


Conversas com Educadores - Narrativa: Imaginação Ativa


Foto: Bianca Tozato

 Aos sábados e domingos de agosto de 2019, Fabio Lisboa e Kelly Orasi, ministrarão, no Sesc Paulista, oficinas gratuitas para educadores e todos aqueles que amam a arte de contar histórias.

*03/08 a 24/08 - Sábados
10H30 ÀS 13H30
Ação e Imaginação: Mediar Leituras e Contar Histórias
Com FABIO LISBOA

*04/08 a 25/08 - Domingos
10H30 ÀS 13H30
Imagem e Narrativa
COM KELLY ORASI

*Os encontros são independentes, escolha os dias que você tem disponibilidade e participe. Estamos te esperando! É grátis!

Público alvo: educadores, bibliotecários, artistas, contadores de histórias e interessados em geral.

Vagas limitadas. Retirada de ingressos 30 min antes, no local.
Entrada Franca.

Local: Tecnologias e Artes (4º andar)
https://www.sescsp.org.br/programacao/193897_CONVERSAS+COM+EDUCADORES#/content=programacao


Mais informações:

Direitos do Ouvinte*

 
De escuta:

1.      O ouvinte tem o direito de ouvir histórias. Infinitamente, ouvir histórias.

2.      O ouvinte tem o direito de ouvir as histórias que bem entender. Infinitas histórias provindas de inúmeras tradições, culturas, regiões e eras.

3.      O ouvinte tem o direito de entender o que bem entender das histórias que ouvir.

4.      O ouvinte tem o direito de não querer ouvir história alguma.

5.      O ouvinte tem o direito de, quando quiser ouvir histórias, ouvi-las num lugar confortável, tranquilo e silencioso.

De ação:

6.      O ouvinte tem o direito de falar.

7.      O ouvinte tem o direito de falar apenas em pensamento se quiser.

8.      O ouvinte tem o direito de rir ou chorar, se sentar ou se deitar, levantar, pular ou cantar no meio da história.

9.      O ouvinte tem o direito de dormir no meio da história.

10. O ouvinte tem o direito de expressar sentimentos, entendimentos ou dúvidas, com ou sem palavras, antes, durante e depois de ouvir uma história.

De imaginação:

11. O ouvinte tem o direito de imaginar.

12. O ouvinte tem o direito de imaginar o fim da história antes da história chegar ao fim.

13. O ouvinte tem o direito de imaginar outro fim para a história depois que esta chega ao fim.

14. O ouvinte tem o direito de pedir, infinitamente, que lhe contem novas histórias.

15. O ouvinte tem o direito de pedir, infinitamente, que lhe contem a mesma história.

E o dever e desafio do contador de histórias é respeitar e atender a todos estes direitos do ouvinte, sem perder (e sem deixar o ouvinte perder) o fio da meada de cada história que conta.

 
* Direitos do ouvinte, por Fabio Lisboa, Blog Contar Histórias, outubro de 2013.

 
Posts Relacionados
Mantenha-se conectado ao Contar Histórias no Facebook: 
http://www.facebook.com/pages/Blog-Contar-Hist%C3%B3rias/334958753184613

 

Direitos do leitor – Daniel Pennac


Por Daniel Pennac
Edição: Fabio Lisboa [1]

O verbo ler não suporta o imperativo. Aversão que partilha com alguns outros: o verbo “amar”... o verbo “sonhar”... bem, é sempre possível tentar, é claro. Vamos lá: “Me ame!” “Sonhe!” “Leia!” “Leia logo, que diabo, eu estou mandando você ler!”

- Vá para o seu quarto e leia!
Resultado?
Nulo.[2]