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História real – Homem e cão (John e Shep) no lago: uma história de amor, compaixão e retribuição


Hannah Stonehouse Hudson / Stonehouse Photography

História real recontada por Fabio Lisboa

“Este é Shep de 19 anos, sendo aconchegado nos braços de seu pai no início desta semana no Lago Superior. Shep adormece todas as noites, quando ele é transportado para dentro do lago. Ele está com artrose o que causa uma dor crônica e a dor é amenizada quando John o carrega nos braços desta forma, na água. O Lago Superior está mais quente neste verão, o que torna a temperatura de suas águas perfeita.

Eu fiquei tão feliz em poder guardar este momento para John. Aliás, John salvou Shep ainda filhote com somente 8 meses de idade, e ele tem sido sua companhia, ao seu lado, em muitas aventuras, desde então. [Agora John retribui de forma maravilhosa ao seu grande amigo, já idoso e doente!] [pronuncia-se “Shep”, no entanto, a escrita adotada por John Unger é “Schoep”].”

Texto traduzido do mural do facebook da fotógrafa Hannah Stonehouse Hudson [que em português virou “BELA FOTO, BELA HISTÓRIA!]”.

Em tempos em que a maioria das imagens e ideias repassadas nas redes sociais é descartável e a grande mídia se empenha em retratar a exaustão crimes, tragédias e a degradação humana e ambiental, uma imagem de compaixão de um homem por um animal é vista e compartilhada por milhares de pessoas, e quem sabe, um dia, se tornará uma história ainda mais conhecida.

Mas qual é a história por trás da imagem?

História real: Herói da Floresta

Castanheira-do-Brasil por Clovis Miranda-WWF-Brasil
O castanheiro que não pode ser silenciado

Tentaram enterrar as suas palavras. O que podemos fazer para não silenciar o herói? De uma cobertura vegetal de 85% de floresta nativa (1997), resta pouco mais do que 20% (2011) na área em que José Carlos Ribeiro viveu e plantou vida, a vida toda.

“É um desastre para quem vive do extrativismo como eu, que sou castanheiro desde os 7 anos de idade, vivo da floresta, protejo ela de todo o jeito. Por isso eu vivo com a bala na cabeça (...).”

Árvore e ofício de vida: Castanheiro. O homem gostava de ser chamado pelo mesmo nome de suas “irmãs”: castanheiras-do-Brasil. E se às vezes esquecemos que somos todos parte da família da Terra, se estamos surdos para ouvir os suplícios da vida vegetal do planeta, ele não. Se as vidas ancestrais da Amazônia (e das cidades), destroçadas pela nossa ganância pelo novo, não podem gritar por socorro, ele falava por todos e todas.