Aqui você encontra a arte de contar histórias (storytelling)
entrelaçada à empatia, mediação de leitura, educação, brincar, sustentabilidade e cultura de paz.
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Pequeno tributo a história de Jane Goodall: Uma vida dedicada a vida - das pessoas, dos animais, do planeta

Retrato da primatologista britânica Jane Goodall realizado no estúdio fotográfico da National Geographic Society em Washington, Estados Unidos. Foto de MARK THIESSEN

 

Homenagem do Blog Contar Histórias em honra a Jane Goodall e seu legado. Por Fabio Lisboa

 

Dra. Jane Goodall foi a maior primatologista do mundo, uma das mulheres que revolucionou a ciência com as suas descobertas (redefinindo o que era ser humano, por exemplo, até os anos 60 do século XX, o uso de ferramentas era considerado o nosso “diferencial”, o que mudou, quando Jane registrou os chimpanzés usando gravetos como vara de pesca de cupins) e uma incansável ativista pelo meio ambiente e justiça socioambiental.

 

A cientista foi também uma oradora fantástica, uma verdadeira contadora de histórias. Muito me tocou o seu relato de, quando criança bem pequena, ter levado um punhado de terra com minhocas pro meio da sala de estar de sua casa pra brincar. Sua mãe, em vez de brigar com ela, a ensinou, com docilidade, que o lugar das minhocas era na terra e a ajudou a devolve-las (vivas) até o quintal de sua casa.*

Vídeo: "Malala: Uma menina. Entre muitas."

Por Valber Lúcio
A adolescente paquistanesa Malala Yousafzai recebeu ontem, 10-12-2014, em Oslo, na Noruega, o Prêmio Nobel da Paz, que dividirá com o indiano Kailash Satyarthi, ambos ativistas pelo direito de toda criança e adolescente à educação. Com 17 anos de idade, Malala é a mais jovem ganhadora do prêmio e, por sua atuação em prol da educação de meninas, sofreu, em 2012, uma tentativa de assassinato pelo Talibã.

Oficina de Contos (história real): A mensageira


Conto, logo existo – este é o título de uma oficina de Contos Terapêuticos ministrado pela sensível contadora de histórias “luso-brasileira” Clara Haddad. Neste encontro, ocorrido em São Paulo em outubro de 2014, quando convidados a contar uma história do ponto de vista de um objeto querido, o mini conto da psicóloga Kitty Haasz à respeito de algo que veio ao seu encontro num Ashram (templo indiano), há quase 10 anos, me chamou a atenção tanto pela leveza das imagens quanto pela profundidade dos conceitos. A psicóloga Kitty, um silencioso Swami (Mestre Hindu) e um inusitado narrador são os personagens desta experiência real.

E a autora aceitou o convite em deixar as suas palavras aterrissarem por aqui:

História Real: Malala Yousafzal

Por Fabio Lisboa

Tentaram silenciar Malala de uma vez por todas. Em 2012, com 15 anos, a menina seguia em um ônibus escolar quando foi baleada na cabeça. Falharam. Ela ficou em coma por 3 dias mas se recuperou totalmente e continua defendendo o direito às meninas paquistanesas de estudar.

"Extremistas mostraram o que mais os amedronta: uma menina com um livro." Malala Yousafzai

História real: Gato herói salva criança


Por Fabio Lisboa - baseado em reportagem ABC News

O que leva um ser a arriscar a própria vida por outro? Mesmo que este outro seja de outra espécie? Mesmo que o salvador seja de uma espécie que tem fama de "cuidar somente do próprio nariz", que história é essa? Bem, quem já salvou ou adotou qualquer tipo de bicho, em especial mamíferos, como gatos, sabe que a história é outra.

O menino Jeremy Triantafilo, de 4 anos, está na frente de sua casa quando, de repente, é atacado e arrastado violentamente pelo cachorro do vizinho.

Fábula: O dia em que o gigante acordou

    


"A paz universal e duradoura poderá ser estabelecida apenas se baseada na justiça social. Se você deseja a paz cultive a justiça".
Norman Borlaug - Agricultor, ganhador do Prêmio Nobel da Paz 1970.

“Queremos paz e justiça e lutaremos por isso com garras e dentes.”

O lema das montanhas estava para mudar. Os animais estavam cansados dos mandos e desmandos dos leões-da-montanha. Alguns deles caçavam mais do que precisavam para comer. Estes poucos felídeos abusavam de seu poder, rompiam com a lei universal dos ciclos da natureza e com isso geravam desequilíbrio e insatisfação geral. Com isso, criaram uma má fama para a sua espécie e o seu modo de agir e ninguém queria mais saber daquela ditadura felina predatória e insustentável!

Porém, apesar da insatisfação, não havia um bicho que levantasse a voz para o modo de vida que viviam e que acabava com a vida nas montanhas. Até que um dia as cabras criaram coragem e baliram alto:

O deserto intransponível e os cantis secos



História real por Fabio Lisboa

Eu e meu irmão menor fazíamos os preparativos para a travessia de um deserto quase intransponível. Este deserto começava no quarto de costura de minha avó e se estendia pelo corredor até a sala de estar.

Era 1983, eu tinha 8 anos e o Gu, meu irmão Augusto, 5. O nosso deserto tinha uns 10 metros no total. Todavia, na época, esses 10m adquiriam proporções colossais pois circulávamos inúmeras vezes pelo trajeto. Além disso, criávamos obstáculos e íamos vencendo a travessia, escalando morros de almofadas amontoadas no corredor, adentrando uma caverna debaixo da mesa da sala e atravessando a ponte do sofá de molas por cima de um caldaloso tapete escorregadio, perigosíssimo, infestado de jacarés e areia movediça - não me pergunte como os jacarés conseguiam nadar na areia movediça, só sei que ambos conseguiam estar lá, juntos, na nossa imaginação e, sem dúvida, no tapete da sala da minha avó.

Algumas brincadeiras e viagens fantásticas só são mesmo permitidas na casa dos avós. E para uma brincadeira ser mesmo fantástica, além da permissão é preciso concentração, imaginação, cooperação e, antes de tudo, preparação.

Por que as coisas tem o nome que tem?



Uma história real, por Fabio Lisboa

Sempre quis conhecer o real significado das palavras. Um dia eu descobri porque o pufe se chamava pufe.

“Não faça isso, é perigoso” – meus pais sempre diziam isso quando eu fazia descobertas semânticas arriscadas como a do pufe.

História real – Homem e cão (John e Shep) no lago: uma história de amor, compaixão e retribuição


Hannah Stonehouse Hudson / Stonehouse Photography

História real recontada por Fabio Lisboa

“Este é Shep de 19 anos, sendo aconchegado nos braços de seu pai no início desta semana no Lago Superior. Shep adormece todas as noites, quando ele é transportado para dentro do lago. Ele está com artrose o que causa uma dor crônica e a dor é amenizada quando John o carrega nos braços desta forma, na água. O Lago Superior está mais quente neste verão, o que torna a temperatura de suas águas perfeita.

Eu fiquei tão feliz em poder guardar este momento para John. Aliás, John salvou Shep ainda filhote com somente 8 meses de idade, e ele tem sido sua companhia, ao seu lado, em muitas aventuras, desde então. [Agora John retribui de forma maravilhosa ao seu grande amigo, já idoso e doente!] [pronuncia-se “Shep”, no entanto, a escrita adotada por John Unger é “Schoep”].”

Texto traduzido do mural do facebook da fotógrafa Hannah Stonehouse Hudson [que em português virou “BELA FOTO, BELA HISTÓRIA!]”.

Em tempos em que a maioria das imagens e ideias repassadas nas redes sociais é descartável e a grande mídia se empenha em retratar a exaustão crimes, tragédias e a degradação humana e ambiental, uma imagem de compaixão de um homem por um animal é vista e compartilhada por milhares de pessoas, e quem sabe, um dia, se tornará uma história ainda mais conhecida.

Mas qual é a história por trás da imagem?

História real: Herói da Floresta

Castanheira-do-Brasil por Clovis Miranda-WWF-Brasil
O castanheiro que não pode ser silenciado

Tentaram enterrar as suas palavras. O que podemos fazer para não silenciar o herói? De uma cobertura vegetal de 85% de floresta nativa (1997), resta pouco mais do que 20% (2011) na área em que José Carlos Ribeiro viveu e plantou vida, a vida toda.

“É um desastre para quem vive do extrativismo como eu, que sou castanheiro desde os 7 anos de idade, vivo da floresta, protejo ela de todo o jeito. Por isso eu vivo com a bala na cabeça (...).”

Árvore e ofício de vida: Castanheiro. O homem gostava de ser chamado pelo mesmo nome de suas “irmãs”: castanheiras-do-Brasil. E se às vezes esquecemos que somos todos parte da família da Terra, se estamos surdos para ouvir os suplícios da vida vegetal do planeta, ele não. Se as vidas ancestrais da Amazônia (e das cidades), destroçadas pela nossa ganância pelo novo, não podem gritar por socorro, ele falava por todos e todas.