Aqui você encontra a arte de contar histórias (storytelling)
entrelaçada à empatia, mediação de leitura, educação, brincar, sustentabilidade e cultura de paz.
Mostrando postagens com marcador contador de historias. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador contador de historias. Mostrar todas as postagens

Brincar de Contar Histórias

Foto: Bianca Tozato

Fabio Lisboa conta histórias (com os ouvintes) brincando. São histórias que acabam em brincadeira (ou brincadeiras que viram história?)... Lendas, parlendas, charadas, e principalmente, claro, diretamente da tradição oral, contos que contam com desafios para os personagens - e ouvintes - brincantes.

 

Nesta sessão, de um lado, o rei curioso não sossega até desvendar uma charada indecifrável. Do outro, uma sábia anciã faz com que um pote (bem diferente!) mude pra sempre a impecável olaria do rei e seu jeito de encarar toda a gente. No fim, seja ancião, jovem ou criança todo mundo entra na história, na brincadeira ou na dança.

Ei, ei, ei, e pra completar, quem vai entrar também na roda e na brincadeira é o violeiro e mestre da cultura popular, Inimar dos Reis. E você, vem?

Contação de Histórias com Fabio Lisboa e Inimar dos Reis

SESC CAMPO LIMPO - dia 21-06-25 (neste sábado), 14h, no espaço Contâiner Exposição.

SESC SANTO AMARO – dia 26-07-25 (sábado), 14h, na praça coberta, no “Rolê nas Férias”

Gratuito (e não precisa de ingresso), basta chegar, então vem, vai!

Fabio Lisboa

Autor premiado, palestrante e contador de histórias profissional há mais de 20 anos mas desde criança ouvia as leituras de sua mãe e os causos de seu avô. Conta e forma pais, professores e outros profissionais em escolas, bibliotecas e empresas e já contou em festivais nacionais, nas cinco regiões do país, e internacionais, no meio do gelo, no Canadá, e no meio do deserto, nos Emirados Árabes! Graduado em Comunicação Social-ESPM e Letras-USP, Ludoeducador (e formador) pela IPA-Brasil (International Play Association - Associação Brasileira pelo Direito de Brincar e à Cultura) onde forma educadores, idosos, agentes do brincar e defende o brincar livre há mais de 15 anos, tendo colaborado na escrita de diversos guias e livros referência. Pós-graduado em A Arte de Contar Histórias: abordagens poéticas, literária e performática. Desenvolve projetos em centro culturais, escolas, editoras, bibliotecas, empresas, universidades, SESCs, livrarias, ONGs, TV Cultura e, desde 2023, brinca e conta histórias sempre com o seu bebê. Fundador do blog Contar Histórias www.contarhistorias.com.br

 

Canal Contar Histórias: https://www.youtube.com/user/contadordhistorias

Fanpage: https://m.facebook.com/Fabiolisboacontarhistorias/

Instagram: https://www.instagram.com/fabiolisboahistorias

fabio@contarhistorias.com.br WhatsApp link: https://bit.ly/CONTARHISTORIAS 

#contacaodehistorias

#culturapopular

#tradicaooral

#contadordehistorias

#sescsantoamaro

#sesccampolimpo

#rolenasferias

#culturasp

#foliasefolguedos

Mediação de leitura, do imaginário ao concreto: O livro (e as histórias) como mediadores de afeto

Foto: Arquivo pessoal – Fabio Lisboa e seu bebê, aos 8 meses, desenvolvendo comportamento leitor e afeição pelos livros e pela leitura compartilhada.

por Fabio Lisboa

 A mediação de leitura desde o berço - no meu caso, ou melhor, de meu filho, desde o útero – a partir do quinto mês o bebê começa a reconhecer os sons externos e, ao longo dos próximos meses, vai distinguindo a voz das suas figurinhas preferidas, as figuras de apego como o pai e a mãe ou quem mais conversar, se aproximar e, muito em breve, cuidar de perto deste maravilhoso ser em formação. Bem, na verdade, independentemente de ter ou não o aparelho auditivo desenvolvido, na verdade, eu e minha esposa começamos a falar de amor com o nosso bebê desde que era embrião. Já do lado de fora, com o passar dos anos (ou meses, pois um nenê com nove meses, se for iniciado antes, já tem coordenação e interesse em virar as páginas dos livros e emitir sons correlatos ao que entende da história – bem, não necessariamente os sons que os mediadores esperam que faça, como imitar os personagens animais mas, ainda assim, sons divertidos e um blablablar envolvente) enquanto mexe o corpo e as mãos tentando segurar um livro aberto de frente para os olhos e começa a “ler o mundo” que se lhe apresenta ali. E como bem disse Paulo Freire – ainda que num contexto diferente, mas pertinente aqui - “a leitura de mundo precede a leitura da palavra” e é isso que concretizamos desde cedo com nossos “bebês leitores”.

Todavia, ainda que ame a concretude de manipular, virar as páginas, “ler” e um dia, de fato, imitar com perfeição os sons dos personagens - dependendo da obra, apertar botões que emitem sons, fazer aparecer abas ou pop-ups – e mesmo antes de falar, ao se fazer entender e pedir para os pais lhe lerem uma história, o bebê não está interessado só no desfrute de sua relação com o objeto livro, pois ele sabe que ganha também, com a leitura deste, o grande prazer de sua relação com quem lhe lê a história. O(a) pequeno(a) percebe a dedicação plena de sua figura de apego, o amor, a palavra, a prosódia, as entonações, descobertas e encantadoras nuances de uma narrativa em voz alta lida de perto por quem mais o bebê ama e sente o amor correspondido! O ouvinte ganha, com isso, a sua própria história de amor e desenvolvimento sendo, ao mesmo tempo (e além do tempo), contada e vivida. Vivida e (re)contada. E assim por diante, até o cair da noite e o se perder no tempo.

Pois quem aprender a ter livros (e-ou histórias contadas, mediadas e-ou dialogadas oralmente) como mediadores de afeto começou bem, aprende a ver (e imaginar) estrelas até nas noites encobertas, descobre que pode manipular a linha curta ou comprida do tempo e do espaço (do berço para o mundo e do tempo cronológico para o do “era uma vez..”) e sente que nunca mais estará sozinho na vida.

História: Que silêncio!

Por Fabio Lisboa


A noite estrelada, enluarada e tranquila estava perfeita para um passeio ao redor da lagoa próxima ao templo.

Após caminhar um pouco, ao lado do silencioso mestre, o discípulo comenta:

- Que silêncio!

- Não diga “que silêncio”, diga “não escuto nada”. 

- Que diferença faz, mestre?

- Faz toda a diferença se você, em vez de dizer, apenas pensar e, depois disso, parar de pensar alto até conseguir escutar, de fato, o que lhe diz o silêncio da noite.

Caminharam mais um pouco. O discípulo continuava inquieto:

- Pois se fizer isso, o que poderia escutar, mestre?

- É possível que escute o brilho das estrelas e o reflexo da Lua; o murmúrio das águas e a prosa dos ventos; o coro de cigarras e sapos… ou o voo silencioso dos pássaros. Talvez escute também os nossos passos à pé - e até pensamentos -, suaves ou ruidosos, ou ainda, o que mais ouvir que a noite lhe disser… isso até uma voz cortar o silêncio.

- E o que diz esta voz, mestre?

- Que silêncio!

 Reconto de Fabio Lisboa livremente inspirado em história da tradição oral

Imagem: IA por Fabio Lisboa e Bing.

Contação de Histórias Ambientais e Sustentabilidade no Dia Mundial do Meio Ambiente

Foto: Juliana Roncada


Bichos, pessoas, árvores, planeta: Somos Um!

 

Contação de histórias, danças circulares e mediação de leitura com Fabio Lisboa - participação dos autores Juliana Gatti e José Roberto Torero autografando suas obras, em ação do Instituto Árvores Vivas em parceria com o Sesc Vila Mariana

 

Data: 5 de junho (Dia Mundial do Meio Ambiente), 2024

Horário: Das 17h30 às 19h

Local: entrada (praça de eventos) do SESC Vila Mariana

Atividade aberta e gratuita

 

Na encruzilhada entre o aqui-agora e o tempo além do tempo, se cruzam histórias de seres e árvores próximas e distantes, desde a fábula do sábio tigre, rei da floresta de Bali, em busca de equilíbrio na natureza, a um amazônico quatipuru esquecido mas muito comunicativo, a fim de encontrar uma valorosa semente, chegando a nossas próprias histórias, do passado distante aos dias de hoje em diante! Uma diversidade de palavras-sementes para germinar um novo amanhã. Nele, podemos perceber que todos nós - bichos, pessoas, árvores, planeta - somos um! E, juntos, podemos viver - e florescer - felizes para sempre.

Fabio Lisboa é contador de histórias, autor premiado, mediador de leitura e palestrante há 20 anos. Graduado em Letras-USP e pós-graduado em A Arte de Contar Histórias. Já foi formador da UMAPAZ e do Centro de Formação Profissional e Educação Ambiental Reciclázaro, líder pelo Climate Reality Project Brazil e embaixador pelo clima da cidade de São Paulo. Já contou histórias ambientais em parques da cidade, reservas ambientais, festivais nacionais, nas cinco regiões do país, e internacionais, no meio do gelo, no Canadá, e no meio do deserto, nos Emirados Árabes. Fundador do blog www.contarhistorias.com.br

Instagram: https://www.instagram.com/fabiolisboahistorias

Foto: Juliana Roncada https://www.instagram.com/juroncada/

Contar Histórias e Cultura de Paz

Foto: Bianca Tozato
 

Contar histórias e a paz: juntos, a gente faz! com Fabio Lisboa

 

Data e horário: 17/12/23 - 11h

Local: Biblioteca do Sesc Jundiaí

Entrada Grátis. Classificação: Livre para qualquer idade

 

Era uma vez um homem muito poderoso da Pérsia, um Xá que, carrancudo e severo com o povo, queria encontrar uma pessoa realmente feliz em seu reinado. Disfarçado, encontra o Sapateiro Feliz. No entanto, o põe à prova, tentando fazer com que não se sinta mais feliz tirando-lhe o que lhe faz assim, enquanto o humilde - e sábio - sapateiro procura apenas ser criativo para continuar vivendo a sua vida “um dia depois do outro, na paz.”

 

Ao recontar um de seus contos favoritos, o autor e contador de histórias Fabio Lisboa mescla recursos simples da oralidade com sutilezas da literatura para abordar temas como tradição oral, cultura de paz, mudança de paradigma, perseverança e o poder das palavras. Ao escolher as histórias dessa sessão, o contador oferece aos ouvintes “histórias que nos transportam para outro tempo e espaço e, mesmo de lá, talvez nos transformem, no aqui-agora e daqui em diante, até percebermos que, juntos, a gente faz a paz”.

História: Pode ser bom ou pode ser ruim

 

Arthouse studio free license by pexels recriado em Dream Studio IA


Reconto: Fabio Lisboa

 

No tempo em que cavalos selvagens povoavam a China, morava em sua próspera fazenda, o sr. Liang – que na língua chinesa quer dizer “brilhante” - um sábio fazendeiro que encarava a vida com tamanha simplicidade que gostava de espalhar apenas um ensinamento - algo que havia aprendido há muito tempo, com um mestre mais velho que o próprio tempo – que nada mais era do que uma frase que adorava repetir nos mais variados acontecimentos.

 

Uma vez o filho do Sr. Liang conseguiu capturar e trouxe até o curral da fazenda da família um cavalo selvagem. Os amigos de Liang perguntaram a ele:

 

- O seu filho foi esperto e trouxe um novo cavalo para a fazenda, o que achou disso, Sr. Liang?

- Pode ser bom ou pode ser ruim, mas tenho esperança de que seja bom – respondia ele, oferecendo o frescor do seu principal ensinamento a quem tivesse ouvidos para ouvir.

 

Claro que muitos pensavam, como poderia ser ruim: um cavalo vale muito dinheiro! No entanto, após uma semana, ainda adaptando-se a nova vida, o cavalo fugiu. Foram perguntar novamente:

 

- O cavalo fugiu, o que achou disso, Sr. Liang?

Tapete Mágico de Histórias

Fabio Lisboa contando histórias em Sharjah, Emirados Árabes

 Contação de Histórias por Fabio Lisboa

As lendas do deserto e os contos maravilhosos das 1001 noites chegam voando nesta contação! Nela, tudo começa quando uma jovem sonhadora encontra um gênio da lâmpada bem genioso pra ajudar a realizar (ou arruinar) os seus sonhos.

 

Assim, nos sentindo mais jovens do que nunca, somos convidados a sonhar também e levitar até onde a palavra encantatória da sábia sultana Sherazade (capaz de fazer um bruto sultão se encontrar novamente com o amor e a paz!) cruza no ar com as peripécias do inigualável mulá sábio-tolo Nasrudin (capaz de se perder de si mesmo!). Um encontro destes personagens incríveis com curiosos ouvintes e destas maravilhosas narrativas com um contador de histórias (que já viajou num tapete mágico pelas arábias e voltou pra contar a viagem) vai resultar num voo inesquecível pra quem embarcar neste tapete mágico de histórias!

 

GRÁTIS

Local: SESC JUNDIAÍ - Biblioteca

Data e horário

12/11/23 • Domingo • 11h00

 

#ContarHistorias, #contadordehistorias

#contacaodehistorias #culturasp #jundiai

#tradicaooral #programacaocultural

#culturadepaz

 

Foto: Fabio Lisboa contando histórias em Sharjah, Emirados Árabes

https://www.sescsp.org.br/programacao/tapete-magico-de-historias/

 

Curtíssimas histórias que fazem parte da tapeçaria deste repertório:

Ao encontro da luz

http://www.contarhistorias.com.br/2012/10/historia-nasrudin-ao-encontro-da-luz.html?m=1

 

Nasrudin e o valioso papagaio

http://www.contarhistorias.com.br/2021/11/historia-nasrudin-e-o-valioso-papagaio.html?m=1

 

História Nasrudin: Para espantar tigres

http://www.contarhistorias.com.br/2023/11/historia-nasrudin-para-espantar-tigres.html

História: Nasrudin e o valioso papagaio

Foto: unsplash (copyrights free): Zdnek Machacek 

 

Conto da Tradição oral recontado por Fabio Lisboa

 

Além de contar histórias, Nasrudin amava pássaros. Em sua época, um pouco depois do “tempo em que os animais falavam”, as pessoas iam ao souq, ao mercado livre, para vender aves engaioladas.

 

O Mulá Nasrudin não gostava disso. Mas de vender, ele gostava! Então juntava suas duas paixões: vendia aves livres. Eram as mais caras do mercado. Mas isso não importava para ele - e nem para os seus clientes: o mulá era o que mais vendia pois as pessoas ficavam encantadas com os pássaros e também com o entusiasmado discurso de Nasrudin.

 

No entanto, um dia, o vizinho de Nasrudin apareceu com um pássaro tão maravilhoso quanto seu discurso:

- Vejam todos, este pássaro sabe voar livremente, como os de Nasrudin! Tem as penas lindamente coloridas de verde brilhante. Mas sua beleza não é só exterior. Ele é inteligente. E sabe falar! E não é só isso. Sabe contar historias! E quando voa livremente, ao retornar, conta de suas lindas viagens pelo céu e encanta a quem o escuta. Ele custa apenas 1.000 dinares.