Aqui você encontra a arte de contar histórias (storytelling)
entrelaçada à empatia, mediação de leitura, educação, brincar, sustentabilidade e cultura de paz.

Feira do Livro da USP 2012



14ª Festa do Livro da USP – 2012

As editoras que participam trazem os livros com, no mínimo, 50% de desconto!

Em 2012, a Festa do Livro da USP será realizada em dezembro, nos dias 12, 13 e 14, das 9 as 21h, na Escola Politécnica da USP.

Localização:
Escola Politécnica | USP - Prédios da Mecânica, da Civil e do Biênio

Acessos: bolsão da Poli
Av. Prof. Luciano Gualberto, travessa 3 ou
Av. Prof. Mello Morais próximo a Mecânica

A lista das editoras que participaram da 13a Festa do Livro está no site da EDUSP: http://www.edusp.com.br/EditorasFestadoLivro2011.htm

2012 Histórias para impedir o fim do mundo, 12-12-12, das 12 as 12h...


O  Fim dos Tempos no Calendário Maia:


- Aqui só coube até 2012.
- Há! Isto vai assustar alguém algum dia.

Outro dia li em fonte segura (uma charge numa rede social) que muitos brasileiros enviaram cartas à Deus sobre o fim do mundo, alertando-Lhe que o Brasil não estaria preparado para receber um evento deste porte, portanto, seria melhor cancelar.

Gostaria de acrescentar que, para contribuir na decisão positiva em favor da continuidade do mundo, os contadores de histórias paulistanos (e também os espalhados pelo Brasil e quiçá pelo mundo) vão tentar impedir este evento usando a arma que dispõe: as histórias!

Participe! Envie o relato de sua atividade para os idealizadores da ação - Biblioteca Belmonte (como Antônia Andréa de Souza) no e-mail (bmbelmonte@yahoo.com.br). O objetivo é que - com o perdão pela cacofonia - a contagem das contações compute (no mínimo) 2012 contos! Deixe também um comentário no blog Contar Histórias! Foi muito bom viver este tempo com vocês, então, que a vida (e a vida de nossas histórias) continue...

Biblioteca Belmonte - Temática em Cultura Popular
V MARATONA DE CONTAÇÃO de HISTÓRIAS
12 do 12 do 12, das 12 às 12h: ANTES QUE O MUNDO ACABE

Valendo-se de uma data que só acontece uma vez a cada século, a Biblioteca Belmonte, realizará em dezembro próximo, a 5ª. edição da maratona: NÃO SÃO 12 NEM 112, SÃO 2012 HISTÓRIAS CONTADAS NO DIA 12 DO 12 DO 12 DAS 12 ÀS 12. A Maratona de contação envolve contadores de todo Brasil e até da Europa: Alicce Oliveira do MS, Rosane Castro de RS, Danilo Furlan de PR, Alessandra Visentim de MG, Helo Bachette do RS, Francisco Gilson e Josy Pereira do CE, além de grandes contadores de SP e da França, que narrarão contos de despedidas partidas e fim-de-mundo de hora em hora, para público agendado, a partir das 23 h começa a VIGÍLIA que será finalizada às 03 da manhã do dia 13/12, no Auditório da Belmonte, quando haverá o “Happy hour da Madrugada, pro dia nascer feliz"!!! para todos os presentes. 

Dia 12/12, quarta-feira, a partir das 12h.
Biblioteca Belmonte - Temática em Cultura Popular
Rua Paulo Eiró, 525, Santo Amaro, São Paulo, SP - Tel: 5687 0408.

+ Sobre Outra Programação Cultural da Semana:
Saravau Celebração no Paço do Baobá - espaço cultural de Regina Machado.
Dia 15 de dezembro (sábado), 2012.
19:30 h
Rua Michael Kalinin, 68
Entrada: R$ 20,00
Cantorias, histórias, convidados especiais...
Contadores: Regina Machado, Bebel, Cristiana Ceschi, Fabio Lisboa, Gabriel, Julia Grillo, Mafuane Oliveira, Marina Bastos, Thomas Howard.

+ Sobre Outros Eventos 2012, 2013, 2023...
Consulte a Agenda

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VOOK: ele pode mudar a vida de leitores e o rumo da literatura



Por Vivian Rio

A cada novidade tecnológica, um novo termo é criado. Essas novas palavras que vão tomando conta do vocabulário do dia a dia são os chamados neologismos. Mouse, googlar (buscar no Google), e-book, twitter (e suas derivações, como tuitar –aportuguesado – twittiqueta) são alguns exemplos.

A mais recente novidade no vocabulário é o termo “vook”, denominação à última inovação na leitura. O “vook” é o book tecnológico-visual, em que há a convergência de livro escrito, vídeos de alta qualidade e o poder da internet em uma mesma história.

O Tradicional e o Novo ao Contar Histórias

Quem vence a batalha da linguagem:
O contato narrativo humano ou a tecnologia audiovisual?

Os novos meios e tecnologias (TV, videogames, Internet...) afastam as crianças e jovens de ouvirem histórias e lerem livros? Os pais e professores devem proibir, ignorar ou encontrar conexões entre as tradicionais e novas linguagens?

O mestre de contadores de histórias Dan Yashinsky nos lembra que a discussão do Tradicional x  o Novo ao Contar histórias não é nova...

O rei chamou o seu filósofo para refletirem sobre o mais novo invento do reino. Era algo que faria as pessoas se lembrarem do que ouviam. Uma invenção que faria com que os textos declamados fossem perpetuados intactos para gerações futuras mesmo depois dos aedos[1], portadores da palavra, morrerem.

Essa nova tecnologia chamava-se “escrita”. Debatiam o filósofo e o rei, no entanto, se fosse mesmo implantada essa reengenharia na comunicação, mudanças graves poderiam ocorrer: a começar pelo aedos, que perderiam os empregos! E o pior, no futuro, sem ter os contos como ponto de encontro, sem ter mais o que contarem umas às outras, mesmo juntas, num mesmo ambiente, as pessoas ficariam isoladas! Mas e os benefícios, valeriam a pena?

O aprendizado da escrita permitiria mesmo aos súditos do rei se lembrarem do que ouviam? Ou os faria esquecer ainda mais rápido? Afinal, quem soubesse decifrar os códigos de um texto não precisaria mais prestar atenção ao que ouvia...

Qual o momento exato em que a noite termina e o dia começa?



História da Tradição oral - Reconto: Fabio Lisboa

Esta é a pergunta que fez o sábio mestre aos seus aprendizes enquanto o dia se despedia do sol e os mistérios do mundo ganhavam os ares: - Qual o momento exato em que a noite termina e o dia começa para todos?

Os jovens pensamentos voam longe e, antes das estrelas aparecerem, as respostas apontam para várias direções:

- O dia começa quando o sol nasce...

- Sim, mas qual o momento em que a noite termina e o sol nasce para todos? – instiga o sábio.

- Impossível mestre, essa hora nunca chega pois a terra é redonda, então alguém no mundo vai sempre estar na escuridão.

- Pois eu lhes garanto que é possível.... – insiste o professor ancião.

Marcelo, Marmelo, Martelo, Ruth Rocha e a língua lúdica


Vencendo os obstáculos da alfabetização e desenvolvendo o gosto pela leitura


Sabe aqueles personagens que de tão reais e divertidos “parecem aquelas crianças que a gente gostaria que morassem no andar de cima, na casa do outro lado, na rua em frente: crianças que a gente gostaria que fossem os melhores amigos de nossos filhos ou sobrinhas, ou então... que fossem nossos alunos!”[1] É assim que a professora doutora em Teoria Literária Marisa Lajolo descreve uma das mais famosas criações da escritora Ruth Rocha: o personagem que há praticamente 40 anos encanta leitores e ouvintes com suas perguntas e invencionices.

“Marcelo vivia fazendo perguntas a todo mundo:
— Papai, por que é que a chuva cai? 
— Mamãe, por que é que o mar não derrama?
 — Vovó, por que é que o cachorro tem quatro pernas? As pessoas grandes às vezes respondiam. Às vezes, não sabiam como responder. 
— Ah, Marcelo, sei lá... 

Lino, despedidas, aventuras e reconexões


Lino - autoria e ilustrações de Andre Neves

“Naquela manhã Lino acordou triste. Lua havia desaparecido da loja de brinquedos.”

Assim começa a história do porquinho (de brinquedo) Lino, que perde a sua melhor amiga, a coelha (também de brinquedo, claro) Lua, contada e ilustrada por André Neves.

Será que o personagem Lino vai reencontrar a sua inseparável amiga? Com um texto sutil e tocantes imagens, a obra pode ajudar a criança na difícil tarefa de se desapegar não só de coisas materiais como brinquedos (sejam eles perdidos, ou aqueles que não foram comprados ou foram emprestados, doados) mas na partida de seres vivos, até então fortemente conectados conosco, como amigos, parentes e até bichinhos queridos.

Esta partida, se vislumbrarmos a metáfora desenhada num nível mais profundo, pode ser até mesmo a despedida da vida.

Lino - autoria e ilustrações de Andre Neves
As metáforas das histórias permitem que as crianças estanquem o sangue da dor que esvai a vida de sentido. Assim como faz o personagem, de algum jeito a nossa existência aparentemente vazia pode encher de alegria alguém que precise de nosso amor. Seja nos livros, ou na vida, os finais felizes são sempre possíveis.