Aqui você encontra a arte de contar histórias (storytelling)
entrelaçada à empatia, mediação de leitura, educação, brincar, sustentabilidade e cultura de paz.

História: Dois Lobos dentro de mim


Conto Cherokee recontado por Fabio Lisboa

Os anciões Cherokee estavam preocupados com um dos garotos da tribo que, por se sentir injustiçado, tornou-se agressivo. O avô do menino o traz para perto de si e diz:

- Eu entendo sua raiva. Há uma batalha terrível entre dois lobos que vivem dentro de mim. Esses dois lobos tentam dominar o espírito de todos nós.

Mãos procuram mãos

Meu sangue está nas suas mãos. Eu não mato vocês. Vocês me mataram. Vocês me mataram quando eu tinha 5 meses antes de nascer. Quando eu chorava sem lágrimas, vida indesejada. Quando eu tinha um ano e só sabia chorar. Quando eu tinha 5 anos aprendi a chorar bem alto. Quando eu tinha 15 anos aprendi a chorar quieto, enquanto por dentro, vivia em prantos.

Você me matou desde o dia em que, da única vez que falei e perguntei seu nome, você riu de mim. Vocês, meninas, me mataram quando riram de mim porque eu era quem eu era. Mas quem eu era? Não sei.

Eu achava que você riam de mim porque eu vim de onde eu vim... Mas de onde eu vim? Não sei... talvez de uma mãe que não me quis... Eu vim de um lugar que não me queria dentro do seu corpo. Nenhuma mulher me quis dentro do seu corpo, quando dentro do coração bastava.

Quando encontrei uma mãe que me queria eu não sabia como querer, eu não sabia como amar. Para os meus irmãos era tão fácil amar. Tão fácil me acharem estranho. Em qualquer lugar era fácil me acharem estranho, principalmente na escola.

Por que não inventaram uma escola de amar?

História: A princesa e a ervilha


Hans Christian Andersen
Tradução e adaptação: Fabio Lisboa
Era uma vez um príncipe que queria se casar com uma princesa. Mas o nobre rapaz não iria se contentar com pouco e queria uma princesa de verdade. Ah, mas como era difícil encontrar princesas de verdade naqueles tempos. Ele viajou pelos reinos mais distantes, à procura da princesa de seus sonhos, mas todas as que encontrou, tinham algum defeito. Não é que faltassem princesas não, muitas se achavam princesas, mas a dificuldade era saber se realmente eram quem diziam ser. O príncipe retornou ao seu castelo desiludido, pois gostaria muito de ter encontrado uma princesa de verdade.
Uma noite desabou uma tempestade no reino. Eram relâmpagos clareando o céu, raios estrondosos e um aguaceiro danado no castelo! Em meio aos trovões, bateram à porta e o rei em pessoa foi atender - os criados estavam ocupados enxugando os cômodos cujas janelas foram abertas pela tempestade.

Criança e Consumo: Que histórias estamos contando e que tipo de sociedade está sendo formada?


Editado por Fabio Lisboa (www.contarhistorias.com.br)

Como se forma, hoje, a identidade de uma sociedade? O que a formação da criança brasileira que assiste, em média, mais de 5h de TV por dia, tem a ver com o consumismo? Veja algumas perguntas e respostas elaboradas pelo Projeto Criança e Consumo essenciais ao aprofundamento e debate sobre o tema.

Criança, a alma do negócio

Versão reduzida (10min) do documentário de Estela Renner e Marcos Nisti. 

Exibição completa do filme (impactante documentário promovido pelo Instituto Alana) e debate com especialistas em psicologia, publicidade, brincar e literatura infantil

“Criança, a alma do negócio - um debate sobre o consumismo na infância e a importância do brincar”
Com Adriana Friedmann, Ilan Brenman e Lais Fontenelle
Data: 25 de março
Horário: 19h30
Local: Livraria Cultura do Bourbon Shopping, São Paulo, na Rua Turiassu, 2100 – Perdizes – Entrada Gratuita

Assine o Manifesto:

Sorteio de Curso Gratuito de Contação de Histórias e livro grátis; Palestra Gratuita à todos e Descontos aos participantes

Palestra Gratuita e Desconto na Oficina
No dia 19 de março (sábado) TODOS OS PARTICIPANTES da Palestra Gratuita "Tradicional e o Novo ao Contar e Criar Histórias" terão 20% de desconto na oficina do dia 26 de março (de R$ 50,00 por R$ 40,00 - incluso certificado, handout e coffee break).
A Oficina

Conforme publicado aqui, vai ocorrer no sábado dia 26 de março (sábado) às 9h30min a "Oficina Princípios da Arte de Contar Histórias"  (duração de 4 horas). O investimento para o curso é de R$ 50,00 e você pode pagar, inclusive, pelo PagSeguro, clicando no link indicado na barra lateral do blog! Ou...
Você pode concorrer a um ingresso ou descontos que serão sorteados!
Os Sorteios

O Tradicional e o Novo ao Contar Histórias

Quem vence a batalha da linguagem:
O contato narrativo humano ou a tecnologia audiovisual?

Os novos meios e tecnologias (TV, video-games, Internet...) afastam as crianças e jovens de ouvirem histórias e lerem livros? Os pais e professores devem proibir, ignorar ou encontrar conexões entre as tradicionais e novas linguagens?

O mestre de contadores de histórias Dan Yashinsky nos lembra que a discussão do Tradicional x  o Novo ao Contar histórias não é nova...

O rei chamou o seu filósofo para refletirem sobre o mais novo invento do reino. Era algo que faria as pessoas se lembrarem do que ouviam. Uma invenção que faria com que os textos declamados fossem perpetuados intactos para gerações futuras mesmo depois dos aedos[1], portadores da palavra, morrerem.

Essa nova tecnologia chamava-se “escrita”. Debatiam o filósofo e o rei, no entanto, se fosse mesmo implantada essa reengenharia na comunicação, mudanças graves poderiam ocorrer: a começar pelo aedos, que perderiam os empregos! E o pior, no futuro, sem ter os contos como ponto de encontro, sem ter mais o que contarem umas às outras, mesmo juntas, num mesmo ambiente, as pessoas ficariam isoladas! Mas e os benefícios, valeriam a pena?

O aprendizado da escrita permitiria mesmo aos súditos do rei se lembrarem do que ouviam? Ou os faria esquecer ainda mais rápido? Afinal, quem soubesse decifrar os códigos de um texto não precisaria mais prestar atenção ao que ouvia...

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[1] Na Grécia antiga, eram chamados de Aedos os declamadores dos poemas épicos, eles eram os contadores de histórias da época.