Aqui você encontra a arte de contar histórias (storytelling)
entrelaçada à empatia, mediação de leitura, educação, brincar, sustentabilidade e cultura de paz.

Lino, despedidas, aventuras e reconexões


Lino - autoria e ilustrações de Andre Neves

“Naquela manhã Lino acordou triste. Lua havia desaparecido da loja de brinquedos.”

Assim começa a história do porquinho (de brinquedo) Lino, que perde a sua melhor amiga, a coelha (também de brinquedo, claro) Lua, contada e ilustrada por André Neves.

Será que o personagem Lino vai reencontrar a sua inseparável amiga? Com um texto sutil e tocantes imagens, a obra pode ajudar a criança na difícil tarefa de se desapegar não só de coisas materiais como brinquedos (sejam eles perdidos, ou aqueles que não foram comprados ou foram emprestados, doados) mas na partida de seres vivos, até então fortemente conectados conosco, como amigos, parentes e até bichinhos queridos.

Esta partida, se vislumbrarmos a metáfora desenhada num nível mais profundo, pode ser até mesmo a despedida da vida.

Lino - autoria e ilustrações de Andre Neves
As metáforas das histórias permitem que as crianças estanquem o sangue da dor que esvai a vida de sentido. Assim como faz o personagem, de algum jeito a nossa existência aparentemente vazia pode encher de alegria alguém que precise de nosso amor. Seja nos livros, ou na vida, os finais felizes são sempre possíveis.

História Nasrudin: Ao encontro da luz

Foto: Erzaveria

 - Como é a sua casa por dentro?
- Muito bonita, Nasrudin, mas não entra sol.
- E não há algum lugar próximo onde haja sol?
- Sim, no jardim bate muito sol.
- Ora, então por que é que não muda a sua casa pra lá?



Fonte: Nasrudin 99 Contos – Caravana de Livros - Pg. 14
Foto: Erzaveria - http://www.erzaveria.com

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Direitos Universais das Crianças em Escutar Contos


Crianças ouvem histórias contadas por Fabio Lisboa na Biblioteca de São Paulo. Foto: Newton Santos
por Leonardo Posternak e Fabio Lisboa

Viveríamos num mundo mais pacífico e integrado se os direitos humanos fossem, de fato, respeitados. Em especial, se assim o fossem os direitos da criança, conforme versa o artigo 31 da Convenção da ONU (1990), o qual os países partes assinaram garantindo que, em igualdade de oportunidade na sociedade, as crianças exerçam seu direito de participar “...da vida cultural, artística, recreativa e de lazer.”

Sem precisar de recursos além de um par de ouvidos e uma boca, o ancestral ato de contar histórias abrange em si esses aspectos culturais, artísticos, recreativos, de lazer (e descanso) a que as crianças têm direito. O autor Leonardo Posternak trata especifica e poeticamente desses direitos.

DIREITOS UNIVERSAIS DAS CRIANÇAS EM ESCUTAR CONTOS

1.   Toda criança, sem distinção de raça, língua ou religião, goza de pleno direito de conhecer as fábulas, mitos e lendas da tradição oral de seu país, dos países irmãos ou do resto do mundo.

2.   Toda criança tem o direito de inventar e contar seus próprios contos, assim como o de modificar os já existentes. Criando e recriando suas próprias versões.

3.   Toda criança tem o direito de escutar contos, sentada no colo dos avós. As que tenham os avós vivos poderão cedê-los às crianças que não tenham avós que lhes contem contos.

História: A bolsa perdida



Recontada por Fabio Lisboa

Uma bolsa perdida, caída no canto da estrada.

- “Achado não é roubado”! E este achado deve ter caído de uma rica carruagem – pensou o homem pobre que andava pela estrada. O homem, que se chamava “João”, e não levava com ele nada além do sobrenome “Ninguém da Silva”, e ia à busca de emprego na cidade, desviou em direção ao objeto cintilante e, ao se aproximar, percebeu que nunca tinha visto uma bolsa tão maravilhosa.

João ficou mais maravilhado ainda quando a abriu. Não era um porta-treco ordinário, além de ser, por fora, reluzente, por dentro, guardava moedas de ouro!

III Festival Mundial da Paz: Conte Histórias pela Paz


Nesta postagem você encontra um breve explicativo sobre o III FestPaz, um convite a participar (de onde estiver) e dicas de “Histórias pela paz”.

100 indicações de livros infantis e juvenis imperdíveis - divididos por faixa etária

 
Pepitas, diamantes e outras preciosidades... Para gostar de ler, da creche ao 9º ano
  

Para quem gosta de histórias, seja para contar, ler ou ensinar a gostar de ler, esta edição especial da Revista Nova Escola é uma mina de pedras preciosas a ser explorada. Um valioso repertório que pode nos ajudar a desvendar o que faz um livro ser imperdível?

O Mistério do Cinco Estrelas de Marcos Rey

Boca do Céu 2012 - Inscrições e Programação do Encontro Internacional de Contadores de Histórias


De 10 a 16 de setembro, profissionais e admiradores da arte de contar histórias se encontram no consagrado evento bianual internacional em São Paulo, com a curadoria da mestra Regina Machado, numa programação que abrange espetáculos, oficinas, palestras, relatos de experiências e mais....

“Era um milagre que alguns dos meus heróis contadores de histórias estivessem ali reunidos naquele mesmo lugar, naquela mesma hora. Isso é o que, claro, faz do Boca do Céu um lugar de grande importância no mapa da arte de contar histórias, porque todos os nossos festivais são encruzilhadas vitais para o renascimento internacional dessa arte.” Dan Yashinsky, 2008 (fonte: site Boca do Céu).

Inscrições Boca do Céu 2012