Aqui você encontra a arte de contar histórias (storytelling)
entrelaçada à empatia, mediação de leitura, educação, brincar, sustentabilidade e cultura de paz.

História: Dois irmãos e um muro


História recontada por Fabio Lisboa

José e João eram dois vizinhos que viraram amigos muito próximos. Tão próximos que se consideravam irmãos. Tão próximos que pegavam emprestado as ferramentas da roça um do outro. Mas se um pegava uma foice, devolvia-a amolada. Se o outro pegava o rastelo com o cabo frouxo, devolvia-o com um cabo novo. Sempre trocando palavras e gestos de gentilezas e sabendo oferecer, quando preciso, não só uma mãozinha, mas perdão. Infelizmente, não no episódio da cabra sem dono.

História real: Projeto “Se por apenas um segundo”

®Mimi Foundation – Foto: Vincent Dixon
“Sabe o que eu mais sinto falta? Ser despreocupada.”
Esta frase de Katie A., diagnosticada com câncer em 2011, inspirou o projeto “If only for a second” (Se por apenas um segundo). Em 17 de junho de 2013, a Mimi Foundation em colaboração com a agência Leo Burnett da França convidam 20 pacientes com câncer a participar de uma experiência única de transformação visual.
Os participantes pensam estar recebendo uma mudança de visual comum e são instruídos a fechar os olhos durante o processo. Porém, quando abrem os olhos dão de cara com um “eu” extravagante! Nenhum deles consegue conter a emoção e o riso. Nem quem assiste a estas verdadeiras transformações.

História: O que é justo...


Conto da tradição oral irlandesa recontado por Fabio Lisboa

Este conto relata o encontro de dois personagens irlandeses históricos que viveram no início do século XIX, um deles, um homem muito simples e injustiçado; o outro, um letrado advogado; incansável buscador de justiça.


Wilson Paddy Wood era um lenhador humilde e honesto que morava num pântano mas visitava quase todo santo dia a cidade vendendo um pouco de lenha a um preço justo e comprando o que comer e vestir. Mesmo vestindo roupas fora de moda e largas - que, aliás, combinavam com sua espessa barba, cabelo desgrenhado e com seu peludo jumento - era bem visto pela maioria, que se encantava com sua simplicidade e bom coração. Wilson dizia assim:

- O que é justo é justo: Madeira! Madeira! Pague o quanto puder! Se não puder, pague quanto puder - e quando puder!

História: A Arte Transformadora


Reconto de lenda histórica japonesa por Fabio Lisboa

Nos tempos medievais no Japão existiu um talentoso artista, Mochimitsu, que encantava a todos quando tocava o seu hichiriki. O músico viajava muito pois sua arte era requisitada pelos clãs dos quatro cantos do país. 

Diziam que quando viajava pelos mares, até as baleias e aproximavam para ouvir melhor a arte de Mochimitsu. Acontece que quando estava em Aki prestes a partir rumo à província de Tosa o navio em que estava foi saqueado por piratas sanguinários. E a embarcação não contava com nenhum samurai para defender os tripulantes.

Feira do Livro USP 2013 - XV Festa do Livro da USP


Reserve uma data (de 11 a 13 de dezembro) para participar da Feira do Livro USP 2013- XV Festa do Livro da USP e ampliar o seu repertório para contar histórias e garantir boas leituras para as férias!

Livros com desconto mínimo de 50%.
Editoras: Excelentes participantes como editoras universitárias, Brinque-Book, WMF Martins Fontes, Cosac Naify, Peirópolis, entre dezenas de outras editoras.
Local: Escola Politécnica da USP - Campus USP Butantã – São Paulo – SP -Av. Prof. Luciano Gualberto, Travessa 3, nº 380, CEP - 05508-010.
Data: 11 a 13 de dezembro.
Horário: das 09 às 21 horas.

Ler para uma criança... isso muda o mundo?


 “Os livros não mudam o mundo.
Quem muda o mundo são as pessoas.
Os livros só mudam as pessoas.”

Por Fabio Lisboa

Começamos com o silogismo (comumente atribuído a Mario Quintana) para responder poeticamente à afirmação proposta pela campanha do Itaú que dá milhares de livros infantis grátis à quem se cadastra no site da Fundação Itaú. Mas é possível responder ao titulo deste artigo de muitas formas. Ler para uma criança: afinal, isso pode mudar o mundo mesmo? Para começar, ao ler um livro mudamos temporariamente de mundo, ao adentrar o mundo da ficção, criamos, em parceria com o autor, um mundo diferente do nosso.

Direitos do Ouvinte*

 
De escuta:

1.      O ouvinte tem o direito de ouvir histórias. Infinitamente, ouvir histórias.

2.      O ouvinte tem o direito de ouvir as histórias que bem entender. Infinitas histórias provindas de inúmeras tradições, culturas, regiões e eras.

3.      O ouvinte tem o direito de entender o que bem entender das histórias que ouvir.

4.      O ouvinte tem o direito de não querer ouvir história alguma.

5.      O ouvinte tem o direito de, quando quiser ouvir histórias, ouvi-las num lugar confortável, tranquilo e silencioso.

De ação:

6.      O ouvinte tem o direito de falar.

7.      O ouvinte tem o direito de falar apenas em pensamento se quiser.

8.      O ouvinte tem o direito de rir ou chorar, se sentar ou se deitar, levantar, pular ou cantar no meio da história.

9.      O ouvinte tem o direito de dormir no meio da história.

10. O ouvinte tem o direito de expressar sentimentos, entendimentos ou dúvidas, com ou sem palavras, antes, durante e depois de ouvir uma história.

De imaginação:

11. O ouvinte tem o direito de imaginar.

12. O ouvinte tem o direito de imaginar o fim da história antes da história chegar ao fim.

13. O ouvinte tem o direito de imaginar outro fim para a história depois que esta chega ao fim.

14. O ouvinte tem o direito de pedir, infinitamente, que lhe contem novas histórias.

15. O ouvinte tem o direito de pedir, infinitamente, que lhe contem a mesma história.

E o dever e desafio do contador de histórias é respeitar e atender a todos estes direitos do ouvinte, sem perder (e sem deixar o ouvinte perder) o fio da meada de cada história que conta.

 
* Direitos do ouvinte, por Fabio Lisboa, Blog Contar Histórias, outubro de 2013.

 
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