Aqui você encontra a arte de contar histórias (storytelling)
entrelaçada à empatia, mediação de leitura, educação, brincar, sustentabilidade e cultura de paz.

Histórias que saem dos livros


Descortinar o que está por trás de um conto bem contado...

Encontrar pérolas num mar de histórias...

Fazer textos e imaginação saírem dos livros...

É possível dar vida às ideias mais mirabolantes dos autores de livros sem que se perca a qualidade literária e, pelo contrário, o texto adquira novas qualidades?

Refletindo sobre esta mirabolante questão e questionando estas indagativas reticências, ao ser convidado a falar em uma hora sobre a arte de contar histórias para professores e bibliotecários a primeira palavra que me veio a mente foi: técnica.

Ensine algumas técnicas, use alguns livros como exemplo, e pronto. É o que faço nas oficinas de curta duração e é o que os participantes querem! Porém, lembrei que 10 anos atrás, quando comecei a contar histórias, adivinhe, eu não tinha técnica alguma! E no entanto, o meu jeito de ler os livros selecionados (ou contar aventuras da tradição oral e lendas populares), de alguma forma, deliciava os alunos e demais ouvintes.

Por que? Por que os ouvintes queriam continuar degustando aquelas narrativas mesmo depois do chef (professor, mediador de leitura ou contador de histórias...) ir embora?

A técnica é importante sim, mas o que vem antes dela? Era isso que valia a pena compartilhar!
Ao matutar como se prepara um fumegante caldeirão de histórias, cheguei a quatro ingredientes Essenciais antes da técnica. E o melhor, percebi que estes quatro Elementos poderiam ser definidos por quatro palavras que começam com a letra “E”.

Nem preciso dizer que fiquei Empolgado com a ideia! Aliás, empolgação também faz parte dos “Es”, digamos que é um “Pré-Equisito” nesta teoria dos 5 Es.

Peraí, não eram 4... Sim, havia um problema: “técnica” não começa com “E”! Então seria a Teoria dos 4 Es e 1 T (um Tanto frustrante, né)... Até que... com Esperança... vamos além da técnica e chegamos a outro E... Êêêê! Como É?

Enfim, pra descobrir como T vira E; pra quem estava lá rever os Es e as dicas para desEnvolvê-los; e pra quem quiser contratar (ou recontar) a palestra: não Esquecer de NÃO REVELAR o segredo dos 5 Es antes do tempo, afinal, outro pré-Equisito para se contar histórias é... a... Expectativa!

Contar Histórias em 5 Es
1º E: Experiência
(tecendo repertório: imaginário e vivencial)

      Livros
      Histórias de boca
      Pérolas familiares
      Vivências cotidianas e extraordinárias
      Experiências sublimes – belas ou horríveis
      Crianças
Filmes, internet, games, mídias diversas, viagens, mestres, busca espiritual...

2º E: Escuta
(aprendendo a ouvir o outro e o mundo)
      Não ignorar a fala dos ouvintes
      Acolher as ideias sem perder o fio da meada
      Fazer perguntas aos ouvintes
      Ouvir o mundo a nossa volta

3º E: Escolha
(selecionando com estudo, prática, memória e intuição)
      Histórias adequadas para cada faixa etária
      Como contar a mesma história para diferentes idades
      Por que esta narrativa me sensibiliza?
      Será que este conto conta quem você é?
      > experiência > escuta = melhor escolha

4º E: Emoção
(favorecendo a identificação e tocando o outro)
      Como as emoções desta história e minhas histórias pessoais se relacionam
      Como ela pode sensibilizar o outro
      Como controlar as emoções para facilitar a empatia

5º E: Emulação
(contando com técnicas e aprimoramento)
      PALAVRA (voz, entonação, ritmo...)
      IMAGEM (ilustrações, corpo, gestos...)
      EFEITOS ESPECIAIS (música, objetos, texturas...)
      BRINCAR (se permitir rir, errar, se emocionar, descobrir o novo...)
      NOVAS LINGUAGENS (recursos audiovisuais, novas tecnologias, interatividade...)

Na próxima postagem, dicas bibliográficas e citações para cada E da Contação de Histórias. Por ora, Esperar, rs... ou ler...


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Por que contar histórias para bebês e crianças?

 

3 comentários:

nubia nery. disse...

minhas filhas amaram os livros a menor so tem 11 meses e ama ficar olhando o ratinho...

Fabio Lisboa disse...

Obrigado por nos contar, Nubia, você deve estar se referindo a sua Experiência contando para as suas filhas a história do livro enviado pelo Itaú "O ratinho, o morango vermelho maduro e o grande urso esfomeado".

Ao contar este livro, o 5º E: Emulação - NOVAS LINGUAGENS, mais especificamente, a INTERATIVIDADE pode ser explorada e talvez sua filha bebê fique “encarando o ratinho” curiosa em descobrir como este personagem praticamente "sai do livro" para fazer o que faz com o morango, com a narradora (você) e com ela (ouvinte)...

Aproveito e convido você a acompanhar as histórias e postagens também pelo facebook curtindo a página Contar Histórias:
http://www.facebook.com/pages/Blog-Contar-Hist%C3%B3rias/334958753184613

Para saber mais sobre a importância de contar histórias para bebês e dicas de leitura minhas dicas são:
http://www.contarhistorias.com.br/2010/09/por-que-contar-historias-para-bebes-e.html
http://www.contarhistorias.com.br/2010/08/600-livros-antes-de-entrar-para-escola.html
http://www.contarhistorias.com.br/2011/12/contar-historias-antes-de-dormir-nao-ha.html

Anônimo disse...

Meu filho tem 2 anos adorou os livros, Gato Pra Cá , Rato Pra Lá e Papai!, principalmente PAPAi, parabéns Itaú por essa iniciativa linda que enriquece a vida de nossas crianças. Taimara Lenton RJ

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