Por Valber Lúcio
A adolescente paquistanesa Malala Yousafzai recebeu ontem, 10-12-2014, em Oslo, na Noruega, o Prêmio Nobel da Paz, que dividirá com o indiano Kailash Satyarthi, ambos ativistas pelo direito de toda criança e adolescente à educação. Com 17 anos de idade, Malala é a mais jovem ganhadora do prêmio e, por sua atuação em prol da educação de meninas, sofreu, em 2012, uma tentativa de assassinato pelo Talibã.
Em todo o mundo, 62 milhões de meninas têm seu direito à educação negado pela pobreza, pela discriminação e pela violência. Em vídeo produzido pela Plan International, organização não governamental dedicada ao empoderamento de crianças e adolescentes e suas comunidades, mais de 40 meninas de 12 países reproduzem o famoso discurso proferido por Malala na ONU, em 2013. “Uma criança, um professor, um livro e uma caneta podem mudar o mundo. A Educação é a única solução”, disse a jovem paquistanesa.
As adolescentes que participam do vídeo vivem em países como Paquistão, Bangladesh, Camboja, Nicarágua, Guatemala, Paraguai, Etiópia, Zâmbia, Ruanda, Brasil, El Salvador e Filipinas. Entre as “outras Malalas” do mundo está Angelica, de 16 anos, que vive em Tacloban, nas Filipinas. Por causa do bullying, a adolescente abandonou a escola, mas planeja retomar os estudos no próximo ano. Já Selamawi, também de 16 anos, vive na Etiópia e frequenta a escola pois deseja tornar-se médica ou química.
“Para superar os desafios impostos a meninas e mulheres, a sociedade precisa parar toda forma de discriminação e aumentar o grau de conscientização. É preciso fazer crescer a autoestima de meninas e mulheres e seus sentimentos de inferioridade precisam ser eliminados por meio da educação”, diz Selamawi.
Confira, a seguir, o vídeo Uma menina. Entre muitas, parte da campanha Por ser menina.
Vídeo: "Uma menina. Entre muitas."
Imagem
Post Relacionado
0 comentários:
Postar um comentário