Aqui você encontra a arte de contar histórias (storytelling)
entrelaçada à empatia, mediação de leitura, educação, brincar, sustentabilidade e cultura de paz.

Curso contar histórias com objetos

Kelly Orasi ensina a narrar manipulando objetos para que transitem entre o material e o imaginário

(clique na imagem para ampliá-la)




É possível materializar o imaginário? Para a contadora de histórias Kelly Orasi, parece que sim!Os objetos usados nas histórias contadas por Kelly surpreendem e fazem os ouvintes ficar de olhos abertos! E num piscar de olhos um garfo vira um rei e uma colher, rainha...

Conduzidos pelas mãos de Kelly e pelos braços da história, um objeto comum (real) assume, logo, um papel fantástico (como talheres que viram realeza). No decorrer da narrativa o objeto fantástico assume um papel tão real que vira, realmente, um personagem. E pode, então, se desgarrar do colo da narradora adquirindo, mesmo solitário num palco, vitalidade e significação.

Para quem quiser passar da imaginação à ação, Kelly começa mais um de seus cursos no dia 12 de junho. Serão 4 encontros aos sábados. E tem dia melhor do que o dia dos namorados pra “materializar o imaginário”(rs)?

Mais informações abaixo ou no site: http://www.trecosecacarecos.com.br/

Outra postagem sobre o tema: ‘O imaginário transformador”: http://www.fabiolisboa.com.br/2009/10/o-imaginario-transformador-em-sala-de.html

III workshop A Descoberta do Brincar e Contar Histórias na Saúde Mental





Oficina: “O Imaginário Transformador” com Fabio Lisboa

Dia: 28/05 (sexta-feira)

Horário: das 10h15 às 13h00

Sala: Sala A

Vagas: 15

Dia: 29/05 (sábado)

Horário: das 14h00 às 17h00

Sala: Sala A

Vagas: 15

Texto-base da oficina disponível em:

http://www.fabiolisboa.com.br/2009/10/o-imaginario-transformador-em-sala-de.html


Programação completa, endereço e inscrições em: http://www.vivaedeixeviver.org.br/cch/cursos_10/workshop_prog.php

Stories in the ESL classroom


Storytelling: Conquer hearts, conquer your class

by Fabio Lisboa
revised by Janaina de Souza



Once a teacher asked himself… if stories that most of us love have some similarities that make sense: a challenging beginning, some problems that will be solved after a lot of hardworking thinking and acting, resulting in a meaningful ending… Why not having the same plot in my classes? - or, at least, how about bringing in some stories to help me in doing that?

Mankind has told and listened to stories in order to teach and learn since immemorial times. Some ESL (English as a Second Language) methods, specially the ones focused on children, have recently understood the power of stories to teach. The number of good stories and activities related to them has largely increased in the last years. Some teachers have learnt how to use them and have become great storytellers.

What does it take to change a teacher into a storyteller? I’m glad to say: not much! Let’s consider that a teacher already has developed speaking, reading and listening skills - which is great, but not enough. Those communication techniques can be both found in a good teacher, or in any TV news anchor or in many actors (sometimes with a lack in listening – which is also found in many teachers). The difference is that a great actor can make his audience cry or laugh without using a single word. The actor’s main tools are emotions - emotions that communicate something.

Learning how to allow meaningful emotions to flow is the key. The difference between an actor and a storyteller is sometimes immense, sometimes subtle. For example, you are not expected to read a Shakespearean tale in Victorian clothes using old British English (although the little ones would have a lot of fun with it).

The important thing is that you understand what Shakespeare wanted the audience to feel. How are the emotions of each character conveyed in each scene? If you understand that, it doesn’t matter what you say, your pupils will comprehend and appreciate it. Then “How” becomes more important than “What”. But what really makes the difference is when you get the “Whys”.

The important thing is not telling impudently “to be or not to be” …



What you should have in mind (and in your heart) is why you are saying that! What are the consequences of “to be” – to act, to seek revenge, to blame a killer and become one, to trust yourself, or “not to be” – not act, have compassion, wait for God’s justice, betray yourself? For Hamlet, both answers are unbearable and that is the beauty of one of the most famous human dilemmas.


That’s what brings actors and storytellers close: both seek for the truth of each character and each feeling. The difference is that the actor is stuck, most of the time, in one of the characters and the storytellers let all the feelings and characters live, debate, win or lose into themselves.



Even when performing using different voices, or using puppets for each character, the story comes out from the storyteller’s own heart. A story is told heart to heart. Eyes to eyes. There’s not a fourth wall as in theater or on TV. Even when reading, the storyteller should already know the story by heart (em português: decor – do latim, de coração).

If you are still interested (and reading up to this point), I’m sure you have skills to become a great storyteller-teacher. Now you just have to find what storytelling tools will fit better on both your personal skills and the stories that you choose to tell.

Some people are great in rhythm or music, others prefer images (movies and new technologies) while others use their bodies, facial expressions and a lot of movement. As time goes on, you will realize you can continue using tools that you (and your students) like most, but you will find new skills that you and your entire class will discover and appreciate together.

Then, the more you open your mind and your heart (through stories) in class, the more your students will open their minds and their hearts (through English) to the world. Storytelling will certainly facilitate communication connections.

The time of “once upon a time” will open the window of adventure in your class. A challenging horizon will be presented upon your students’ eyes. Isn’t it a challenging horizon for you as well? Imagine that. Do it. No matter what the outcome may be, share your experiences, learn from them. The most difficult part of doing something new is starting, and it seems like you’ve already done that.

Cheers,
Fabio Lisboa


PRESENTATIONS, LECTURES AND WORKHOPS: This post is a handout written for the lecture “Educando com Sotytelling” which is an edition of the workshop “Storytelling: Conquer Hearts, Conquer your Class” presented for EFALL (English for All) ‘volunteachers’. If you want to meet people who share their knowledge and use English as a tool to help in changing the world, get to know EFALL at: http://www.efall.org.br/.

Palestra Educando com Storytelling / Workshop “Storytelling: Conquer Hearts, conquer your class” já foram realizadas no SESC Pinheiros para professores de inglês e coordenadores pedagógicos da EFALL (English for All) e na DISAL no “Annual Teachers Encounter” do CELLEP. Duração: Palestra: 1 hora. Workshop: 3 horas.

The text in Engish was revised by Janaina de Souza, who is also an experienced translator.

O AUTOR
Fabio Lisboa é Contador de histórias/Storyteller, Professor de Inglês especializado em ensino para crianças e jovens, coordenador de recreação e acampamentos de imersão em inglês, coordenador de Teatro em Inglês. Realiza palestras e oficinas em escolas de inglês como CELLEP, CNA, Wisdom e livrarias como SBS, Sellbooks e DISAL. Compartilhe seu conhecimento, divulgue seu trabalho, cadastre-se e saiba mais: http://www.contarhistorias.com.br/


FOTOS:
Apresentação de contação de histórias em inglês (storytelling) para alunos da Educação Infantil Bilingue do Colegio Emilie de Vileneuve. Mais informações: http://www.colegioemilie.com.br/default.asp?site_Acao=MostraPagina&PaginaId=94

FOTÓGRAFA: Priscila Piccirillo. Mais fotos: http://www.colegioemilie.com.br/default.asp?site_Acao=mostraPagina&paginaId=21&acao=albuns&categoriaId=54

Conheça outros projetos, dentre eles:

“Storytelling para pais” – Maria Paula Barros e Juliana Mismetti, que têm experiência como coordenadoras pedagógicas em escola especializada em ensino de inglês para crianças, atualmente professoras de inglês da Escola da Vila, juntam-se ao storyteller Fabio Lisboa para demonstrar, de forma prática, como os pais podem usar as histórias para facilitar a comunicação em inglês, o auxílio no aprendizado, o enriquecer de vocabulário e a compreensão de valores humanos.

Curso Gratuito de Contação de Histórias para adultos, jovens e crianças

A arte de contar histórias resgata cultura imaterial entre crianças e adultos

Ponto de Cultura ArteVida Reciclada mostrará como a contação de histórias
pode formar pessoas e profissionais melhor preparados

Nos últimos anos, o contador de histórias passou a ser requisitado em escolas, empresas e eventos diversos, como um facilitador nos processos de ensino-aprendizagem e comunicador que aproxima o público de diferentes linguagens e valores humanos.



Dentro de uma proposta inovadora, além dos adultos, a oficina vai atender crianças, oferecendo a oportunidade de contarem histórias para outras crianças.

A oficina começa no próximo dia 29 de abril (inscrições abertas). As aulas ocorrerão em dois períodos às quintas-feiras: pela manhã, para o público adulto, acima de 18 anos – interessados em geral, notadamente educadores de ensino formal e não formal; à tarde será a vez de crianças e adolescentes, de 9 a 14 anos.

A proposta é estimular a vertente narrativa na interação de crianças e jovens num meio social marcado pela escrita. Temas como imaginação e criatividade caminharão juntos, invocando um papel significativo para a oralidade. No que se refere aos adultos, a oficina dedicará atenção especial a educadores, apresentando técnicas para contar histórias no apoio à atividades para salas de leitura. O curso visa também despertar a descoberta pessoal diante da narrativa para que cada um encontre o(s) seu(s) jeito(s) de contar histórias. O foco maior será para educadores do Ciclo I – de 1ª a 4ª série.

O professor Fabio Lisboa é autor, contador de histórias e incentivador de leitura (http://www.contarhistórias.com.br/).

SERVIÇO:
Oficina de Contação de Histórias
Realização: Ponto de Cultura ArteVida Reciclada.
Local: Avenida Ariston Azevedo, nº 10 – Belém, próximo à Rua Catumbi.
Início: 29 de abril.
Aulas às quintas-feiras, das 9 h às 11 horas (público adulto); das 15 às 17 hs (crianças e adolescentes).
Carga horária: 36 horas
Mais informações: http://www.contarhistórias.com.br/
VAGAS LIMITADAS!

Histórias imateriais materializam a cultura humana


Se a cultura de um povo vive e se recicla na imaterialidade das histórias contadas e recontadas, numa sociedade do consumo - onde o que conta é o material e o rapidamente consumível - também as palavras tornam-se descartáveis e só queremos ouvir (ou ler) algo se aquilo for extremamente útil, rápido e palpável. Palpável o suficiente para que, depois de lido ou ouvido, seja devidamente amassado e jogado fora da memória.



Pra que desperdiçar nossa memória interna se as coisas importantes estão armazenadas nos meios externos: computadores, livros, revistas, jornais, agendas, portais, blogs, pendrives. Pra que desperdiçar nosso tempo interno ouvindo uma história e logo esquecendo-a se podemos comprá-la (ou pirateá-la) e tê-la para sempre num meio externo, pegando-a quando quisermos?

Pelo simples detalhe que as boas histórias não são facilmente compráveis, nem pirateáveis, nem pegáveis. Para que uma história se torne boa para o ouvinte ou leitor, é preciso que este, antes, entre no tempo interno proposto pela história.

Então não importa ter o livro ou o pdf (portable document format – formato de documento portátil) se não tivermos tempo e nem soubermos como entrar neste tempo imaterial de uma boa história. Não adianta ter o “arquivo” se não soubermos mergulhar nas profundezas da memória ou das sub-pastas para achar o conto e nem tão pouco soubermos a hora certa de trazê-lo à tona, entrar no seu tempo interno e contá-lo.

Adentrar uma boa narrativa é como entrar no mar, que a princípio pode não parecer muito prático ou útil... a areia entrando por dentro dos maios e grudando no corpo, o sal, a água fria, afinal, seria mais fácil entrar na piscina (ou ver um filme, rs) mas quando se está lá, é possível entrar em contato com o nosso eu mais profundo e o choque do eu com as ondas do mundo torna-se um contato prazeroso e inesquecível. A saída de volta ao mundo exterior às vezes também é difícil (os surfistas que o digam).

Além da dificuldade em sair, é muito complexo descrever uma experiência pós-banho de mar (imagine se você seria levado a sério ao tentar narrar, enquanto seus amigos querem tomar sol e água de coco, a “experiência profunda” de seu ser “mergulhando no mar infinito”)... Ou seja, transformar experiência em palavras não é fácil... Encontrar ouvidos abertos a experiências, nos dias de hoje, também não.

Já ao entrar e sair do mundo das narrativas, palavras em forma de experiência borbulham em nossas mentes.

Talvez por isso, ao sair deste tal tempo fantástico, desta introspecção interna, quem entra em contato com um conto bem contado fica com vontade de repartir as aventuras, sentimentos e aprendizados daquela narrativa com alguém. E com a narrativa em mente, parece ser mais fácil encontrar outro alguém de ouvidos atentos.

E assim, com atenciosos ouvidos, compartilhando contos, mais e mais pessoas vão ter a chance de conhecer novos tempos, novos mares, ou ainda viver uma nova experiência num mar ancestral (que esteve lá todo o tempo esperando para um “conhecimento mútuo aprofundado”). Numa boa narrativa, é possível conhecer outras culturas e ao mesmo tempo encontrar a si mesmo.

Quem sabe procurar bem - seja numa biblioteca, na internet, numa refeição com os pais ou avós, no aconchego de um colo, numa sala de aula ou de leitura, numa conversa com um amigo, ao ajudar um desconhecido ou num mergulho no mar- percebe que não é preciso ticket de entrada para ler, ouvir e participar das histórias do mundo. As boas histórias estão por aí, resta que encontrem olhos que saibam ler o imaterial e ouvidos que materializem dentro de si a cultura humana.

http://www.contarhistorias.com.br/


Fotos:
Nascer e fim do dia em Colva Beach – Southgoa - India
Esta e outros poéticos pores-do-sol em: http://blog.mobissimo.in/uploads/5_morningview_from_colvabeach_southgoa_india.jpg

Recomendação de leitura:
Mar de Histórias: Antologia do Conto Mundial – Aurélio Buarque de Holanda e Paulo Ronai (Coleção em dez volumes de um projeto que começou em 1946, demorou 44 anos para ser finalizado, já passou na mão de várias editoras, esteve esgotado e acredito que a Cosac Naify comprou os direitos para as novas edições, quem tiver mais informações, por favor, mande)...

Sobre a antologia:
A expressão que dá nome à coleção vem de uma antiga coletânea da Índia, do século XI; é a tradução do nome sânscrito Kathâsaritsâgara, que significa 'mar formado pelos rios de histórias'. Um verdadeiro oceano de narrativas, muitas delas célebres, outras traduzidas pela primeira vez para a língua portuguesa, de tal modo que a obra em seu conjunto é a mais completa panorâmica do conto universal.

Português e Tupi, Menino e Curumim, Rio e Tietê

O que o “Português Brasileiro” tem a ver com a língua Tupi? O que a literatura infantil tem a ver com a descoberta de significados? O que a recuperação do Rio Tietê tem a ver com a recuperação de seu real significado?

Os seis elementos destas 3 perguntas estão interligados. O Brasil é a única ex-colônia que fala Português sem o sotaque Português. E isto se deve, em grande medida, a influência do nheengatú (tupi). No artigo “O idioma brasileiro”, o jornalista Eduardo Fonseca (http://www.zbi.vilabol.uol.com.br/Oidiomabrasileiro.html) ressalta que as línguas africanas nos deram verbetes com os quais nos expressamos na forma espiritual, na culinária, no lazer e em gírias: Bunda, xodó, gogó, tijolo, zureta, muvuca, maluco etc... As línguas indígenas, em especial o Tupi, incorporaram ao Português verbetes que nos clareiam, até hoje, o sentido locativo e toponímico, fauna e flora: Tatuapé, Maracanã, Ipiranga, Anhangabaú (e boa parte dos estados e rios brasileiros), jacaré, tatu, garça, guará, samambaia, jequitibá etc... O Português nos deu verbetes que nos fornecem condições jurídicas, políticas e didáticas. Além destas duas grandes influências, das línguas africanas e indígenas, o português de hoje também recebeu vocábulos trazidos pela fala dos imigrantes de diversas partes do mundo, em especial, da Europa.



Quer saibamos ou não, ao falar o português brasileiro, falamos muitas coisas em Tupi (e de muitas outras línguas indígenas). Essa é a primeira coisa que surpreende o menino Giovani, personagem do livro Curumim Poranga, de Neli Guiguer. Giovani é um menino de dez anos que estava interessado em aprender a língua tupi. Em uma sala de bate-papo da internet, procurou por um indígena. Conheceu Curumim Poranga, descendente de índios, que lhe revelou um segredo: ele, Giovani, já falava tupi. Tão espantado quanto Giovani, o leitor de Curumim Poranga pode ficar, ao descobrir a poderosa influência do tupi no português falado no Brasil. Por exemplo, se alguém lhe contar que foi ao Ibirapuera, viu capivaras correndo e taturanas no Jequitibá, brincou de Peteca e comeu mingau, todos os nomes usados vieram do Tupi.

A autora, pesquisadora e colaboradora para a preservação da cultura indígena, Neli Guiguer, dá uma lista de palavras e expressões oriundas do tupi que nomeiam os lugares, a fauna e a flora do Brasil. Na verdade, sua obra é o fio condutor para uma reflexão sobre a identidade do povo brasileiro - mesmo sendo resultado de uma mistura de etnias, não podemos nos esquecer de que os verdadeiros descobridores deste solo-mãe foram os indígenas. A boa literatura infantil faz o leitor - criança, jovem ou adulto - refletir sobre quem realmente é. Ao descobrir quem somos, de onde viemos, caminhamos para uma descoberta do significado de nossa existência. Desvendar um pouco do mistério da existência das coisas ao nosso redor, das profundezas dos significados das palavras fazem parte da eterna jornada de leitores, narradores e ouvintes.

As ilustrações de Fernando Vilela acompanham o tom jovial que a autora imprimiu ao texto e derrubam o estereótipo do indígena isolado, vestido de tanga, vivendo nas matas, longe dos benefícios que a tecnologia proporciona, como a conectividade, protagonismo na descoberta e a troca de informações. O livro é acompanhado por um DVD interativo que amplia o glossário de palavras de origem tupi, seja na fauna, flora, seja em capitais e cidades, com significado, fotos, histórico indígena e curiosidades. Ainda no menu, alguns textos complementam o aprendizado, como o da biografia de Padre Anchieta. Ele foi um dos primeiros a aprender o Tupi e o elevou à categoria de língua literária, abrindo canais de expressão artística na linguagem indígena.

Quem conhecer Curumim Poranga vai entender o prazer de se aprofundar no significado das palavras. Vai perceber a importância de recuperar o significado de palavras como Tietê. Se as ancestrais capivaras já voltaram ao rio, agora falta os paulistanos entenderem que pequenas palavras aparentemente sem muita história (como bitucas de cigarro) multiplicadas por milhões, não são apagadas de sua existência só pelo fato de voarem pela janela dos carros. Sua história contribui na formação de toneladas de lixo diário e esgoto que impedem o Tietê de respirar.

“Quem faz um poema abre uma janela / respira tu que estás numa cela / abafada / esse ar que entra por ela (...)"*. Como o Padre Anchieta percebeu, o legado tupi e de todos os povos indígenas nos ensinam como os mitos se relacionam com a vida cotidiana, como a língua é literatura e arte, e a arte literária é a própria vida. O que faço ao rio, faço ao meu irmão, o que faço ao meu irmão (seja ele da terra, do ar, das águas), faço a mim mesmo. O que faço com as minhas palavras, assim será a minha vida. O que faço com minha vida, assim serão minhas palavras.

As futuras gerações devem ter a chance de falar a palavra Tietê com fluência, conhecendo sua história, sua pureza, seu momento de poluição, sufocamento e quase morte, até o seu retorno que começa com a recuperação do seu real significado: Tietê, “rio verdadeiro”.

por Fabio Lisboa
http://www.contarhistorias.com.br/

* Maria Quintana - Trecho do poema "Emergência"

SERVIÇO

Lançamento
Título: Curumim Poranga
Autora: Neli Guiguer

Data: 24/4 (sabado)
Hora: 15h30
Local: Livraria Nobel do Shopping ABC Plaza de Santo André, Av. Pereira Barreto, 42

Ilustrador: Fernando Vilela
Coleção: O universo indígena - Série Raízes
Editora: Paulinas
Pág.: 32
Preço: R$ 24,50

Mais sobre “Índios na Cidade”:
A autora Neli Guiguer é colaboradora do projeto “Índios na Cidade” (http://www.opcaobrasil.org.br/) que ajuda índios, em especial os que vivem fora de suas aldeias, a não esquecerem suas raízes e recuperarem sua história. O perseverante coordenador do projeto, Marcos Júlio Aguiar, implantou em 2009, junto com comunidades indígenas e com o apoio do Ministério da Cultura, o primeiro Ponto de Cultura Indígena de Área Urbana do Brasil. Este Ponto de Cultura fica na região do Alto Tietê (Grande São Paulo), na cidade de Mogi das Cruzes e faz parte do projeto “Pontão de Cultura – Cultura e meio ambiente, tecendo o saber”.

Mais sobre o Rio Tietê:
A Rádio Eldorado foi o veículo de mídia que mais alertou, informou a população, pressionou governos e apoiou iniciativas desde a primeira reportagem da emissora, há 20 anos, sobre a situação do Rio Tietê. A Rádio continua “antenada” no Tietê contando com a colaboração de ouvintes e internautas participativos: http://com.limao.com.br/wikisite/riotiete/index.htm

Mais sobre a Língua Tupi:
http://www.girafamania.com.br/girafas/lingua_guarani.html

Mais sobre histórias, oralidade e literatura infantil:
http://www.contarhistorais.com.br/

Carta da Terra: No Dia da Terra Oficinas, Histórias, Ações e Reflexões na UMAPAZ

Histórias, Músicas, Plantio de Árvores, Oficina sobre a Carta de Terra marcam o Dia da Terra

“Para seguir adiante, devemos reconhecer que, no meio de uma magnífica diversidade de culturas e formas de vida, somos uma família humana e uma comunidade terrestre com um destino comum.” Carta da Terra.

(clique na imagem para ampliá-la)


Histórias apresentadas por Fabio Lisboa farão adultos, jovens e crianças refletirem sobre a Carta da Terra. A Carta da Terra teve seu embrião gerado na ECO 92, algum tempo depois foi reconhecida pela UNESCO e agora completa 10 anos. Para o brasileiro Leonardo Boff, um dos autores do mundo todo que participaram da redação do documento, a carta está baseada no princípio de que, se os humanos tem direitos que devem ser respeitados, a Terra também os tem.

A apresentação faz parte da comemoração do Dia da Terra na UMAPAZ (Universidade Aberta do Meio Ambiente e da Cultura de Paz, localizada no Parque do Ibirapuera em São Paulo), que envolve também a cerimônia de hasteamento da Bandeira da Terra, apresentação do grupo do Curso de Especialização em Ecologia, Arte, Sustentabilidade (IA/UNESP/UMAPAZ) da música Educação para o Futuro, plantio de árvores e na parte da tarde, a oficina Oficina “Conhecendo a Carta da Terra”.


“(...) precisamos, antes de tudo, cultivar um vínculo afetivo com a Terra: cuidá-la com compreensão, compaixão e amor; aliviar suas dores pelo uso racional e contido de seus recursos, renunciando a toda violência contra seus ecossistemas” Leonardo Boff (Resiliência e drama ecológico).

“Que o nosso tempo seja lembrado pelo despertar de uma nova reverência face à vida (...)” Carta da Terra.

Acesse o texto integral e mais informações:
http://www.cartadaterrabrasil.org/prt/text.html

Baixe a versão para crianças produzida pelo NAIA (Núcleo de Amigos da Infância e da Adolescência): http://www.fundacaoodebrecht.org.br/CTcriancas.php

Mais informações sobre Contar Histórias e o Meio Ambiente: http://www.fabiolisboa.com.br/

SERVIÇO:
Comemoração do DIA da TERRA na UMAPAZ

10h Contação de Histórias com Fabio Lisboa

11h Hasteamento da bandeira da Terra e Apresentação grupo do Curso de Especialização em Ecologia, Arte, Sustentabilidade da IA/UNESP/UMAPAZ

11:30h Plantio de Árvores


Oficina “Conhecendo a Carta da Terra”
Data: 22/4
Horário: das 14h às 18h.
Encerramento com o músico Valter Pini
Local: UMAPAZ
Endereço: Av. IV Centenário, 1268 - Portão 7-A, Parque Ibirapuera – São Paulo/SP

Mais informações sobre a Oficina “Conhecendo a Carta da Terra”.
O curso apresentará aos participantes a Carta da Terra – declaração lançada no ano 2000, que indica princípios éticos para a construção de uma sociedade global justa, sustentável e pacífica.


O programa contempla os seguintes blocos:

* Preâmbulo

* Respeitar e Cuidar da Comunidade

* Integridade Ecológica

* Justiça Social e Econômica

* Democracia, Não Violência e Paz

* O Caminho Adiante

A oficina será ministrada por Daniela Piaggio, consultora especializada em Psicologia Social e Organizacional. As inscrições são gratuitas e devem ser feitas através do e-mail inscricoesumapaz@prefeitura.sp.gov.br.