Aqui você encontra a arte de contar histórias (storytelling)
entrelaçada à empatia, mediação de leitura, educação, brincar, sustentabilidade e cultura de paz.

Quando o riacho encontra o rio e o rio encontra o mar

(ou agradecimento em alto e bom som)

Obs: Altamente recomendável ler ouvindo
Vivaldi: As Quatro Estações (Inverno – allegro non molto-largo allegro - parte 1 - solista: Nigel Kennedy)




Num mar de idéias, num rio de palavras, há pouco mais de um ano, começa a vida mais intensa das palavras borbulhantes de “O mistério amarelo da noite”.

O nascimento mesmo vem um pouco antes, há cinco anos, é quando começa a história da história que está sendo impressa.

A impressão começa assim, como um sonho, um plano sonhado, colocado no papel. Começa como uma melodia de poucas notas, o borbulhar de uma nascente...

Aos poucos entram os sons dos que acreditam no rumor daquele riacho. O texto-fonte original dá reviravoltas até encontrar um caminho plano, pleno de fluidez. O riacho toma forma.

Nesta forma fluente de afluente-literário tem a felicidade de encontrar o PROAC (incentivo cultural do Governo de São Paulo) e, em especial, uma editora-rio. Uma editora que nasce bem antes que o afluente sonhasse existir. Um rio cujas águas continuarão fluindo mesmo quando muitos de seus afluentes se forem, secarem. E, no entanto, um rio novo, sempre renovado, sempre nascente: WMF Martins Fontes.

No começo, o encontro é a pura harmonia de água com água.

A suposta harmonia vira conflito quando as água se chocam com temperaturas mais ou menos quentes, tempos mais ou menos acelerados, aspectos mais ou menos turvos, Phs mais ou menos ácidos.

E cada molécula de água do rio vai, aos poucos, alterando as moléculas de água de seu novo afluente, e o afluente também muda (a seu modo), um pouco, o rio, até que encontrem novamente a palavra harmonia, dessa vez uma nova harmonia, mais profunda, mais fluente, mais forte.

E agora chega a hora de a obra desembocar no mar. Um mar amedrontador, mar poluído de informação, ficção, diversão. Um imenso raso mar de entretenimento.

Mas a editora que tem Mar no nome faz tudo para que suas Fontes não se turvem. Porque cada curva do rio, cada departamento, cada pessoa, cada traço, cada cor, cada gota, cada sonho, cada palavra escolhida trabalha para que, quando o texto-fonte desembocar no mar, o leitor encontre fluidez, fruição, arte, fontes puras de informação e ficção. As tramas-aquáticas trabalham para que o leitor consiga até mesmo respirar debaixo d’água! Mesmo num turvo mar, que fluam fonte de palavras puras, livres, vivas!

“O mistério amarelo da noite” nasce agradecendo a todos que fazem parte deste riacho-rio-literário, à todos que doaram um pouco de si para dar vida às palavras nascentes que, esperamos, fluam...

Abraços molhados,

Fabio Lisboa Martins Rosa

CONVITE: O Mistério começa a ser revelado...

(clique na imagem)

Já aviso que no dia 08, fazendo jus ao termo “pré”, as atividades serão realizadas “pré-livro”, ou seja, SEM o livro... No dia 19 de dezembro, para as atividades com as crianças, finalmente, após 5 anos de dedicação, da idéia à publicação, o livro estará solto no mundo!

Feira de Livros da USP

Esta é a hora de se abastecer de cultura pela metade do preço! Na USP, livros com descontos mínimos de 50%! Uma dica: consulte os sites das editoras, vá com listas de livros e prioridades e visite a feira toda antes de sair comprando porque senão é fácil o "barato" sair caro (rs)...

Muitas editoras grandes não participam mas excelentes editoras estão presentes como Cosac Naif, Peirópolis, Brinquebook, Martins, Palas Athena, Landy, Pandabooks...



Data: 25 a 27 de novembro (quarta a sexta-feira)
Horário: das 9 às 21 horas
Local: Saguão do prédio da FFLCH - Faculdades de Historia e Geografia da USP - Av. Prof. Lineu Prestes, 338, na Cidade Universitária.

Seminário O Tradicional e o Novo ao Contar Histórias

Seminário Literatura Infantil e Hipermídia: Novos Suportes para a arte.

Na próxima quinta-feira, 19/11, 21:10 h, na USP, aula de Literatura Infantil e Juvenil do prof. Jose Nicolau Gregorin Filho, prédio “Queijinho” da Faculdade de QUIMICA.

No dia, alem da análise teórica, contarei um trecho de meu livro (O Mistério Amarelo da Noite) - a ser pré-lancado às 19:30h, terça-feira, dia 8/12 na Casa das Rosas que prevê uma interação Leitor-Criação Literária, Livro-Internet: http://www.wmfmartinsfontes.com.br/misterioamarelodanoite/convite_CR



Seguem 3 dicas de pesquisa sobre o tema:

1. Dica teórica:
A leitura hipermídia: formando os leitores do século XXI, por José Augusto de Abreu Nascimento
Comunicação no IV Congresso de Letras da UERJ- São Gonçalo -2007
http://www.filologia.org.br/cluerj-sg/ANAIS/IV/completos/comunicacoes/Jos%C3%A9%20Augusto%20de%20Abreu%20Nascimento.pdf

2. Dicas práticas nacionais:
http://www.angela-lago.com.br/
http://www.capparelli.com.br/
http://www.wmfmartinsfontes.com.br/misterioamarelodanoite/

3. Dica prática internacional:
http://www.wetellstories.co.uk/

Referências bibliográficas:
GOES, Lucia Pimentel – Olhar de descoberta – Edições Paulinas, 2003
http://www.paulinas.org.br/loja/DetalheProduto.aspx?IDProduto=4358

MATOS, Gislayne Avelar – A palavra do contador de histórias: sua dimensão educativa na contemporaneidade – São Paulo: Martins Fontes, 2005
http://www.wmfmartinsfontes.com.br/detalhes.asp?ID=489449

Halloween à brasileira

Neste domingo, uma visita assombrada recheada de histórias assustadoras (e cheias de ensinamentos) da tradição popular brasileira:
01/11/09 - 17h – Visita assombrada à Mansão Macabra 
O passeio começa pelo jardim, com ouvidos atentos a sons indefinidos, olhos ligados em movimentos estranhos. O grupo entra pela sala de jantar e procura a passagem secreta que esconde um grande mistério. No porão, o grupo que ainda restou terá uma surpresa... no escuro. Com Fabio Lisboa.
MATINÊ MACABRA
RÉ LOU IM NA CASA DAS ROSAS
Saci-pererê, curupira, fantasmas, abóboras e mulas-sem-cabeça farão uma visita inesquecível à Casa das Rosas. O Dia do Saci foi criado em caráter nacional, em 2005, como uma forma de valorizar o folclore brasileiro, já o
Halloween é uma data tradicional do calendário celta, levada aos Estados Unidos no século XIX. Na Matinê Macabra da Casa das Rosas, todas as culturas convivem e as crianças só têm a ganhar!


Mansão Macabra 2009 é dedicada a Edgar Allan Poe, em comemoração ao bicentenário do poeta, com recitais, contação de histórias, apresentações teatrais, música gótica e performances macabras no jardim da Casa das Rosas.  Para os adultos, a partir das 20h do dia 31 de outubro (atravessando a madrugada) e no dia o1 de novembro, para as crianças, das 14 às 18h. 

Local: Casa das Rosas - Av. Paulista, 37 - Bela Vista

O imaginário transformador em sala de aula

Objeto que vira brinquedo, brinquedo que vira personagem, personagem que vira criança

Como é possível - ao brincar e contar histórias - que uma coisa vire outra (objeto-brinquedo, brinquedo-personagem, personagem-criança)? E o professor, pode facilitar estas transformações?

O que faz um objeto virar brinquedo? A imaginação. O poder da imaginação pode ser facilmente acessado pela criança e cabe ao professor propiciar este encontro frutífero: o objeto e a imaginação lúdica. Ao deixarmos o material encontrar o impalpável, o fixo vira mutável, o óbvio vira surpresa: o objeto vira brinquedo! Com o objeto em mãos e a mente livre, criança e professor irão inventar novos usos para o uso cotidiano ou, partindo de uma semelhança, vão extrapolar – criando, por exemplo, de um retalho amarelo, o sol.


O que faz um brinquedo virar personagem? A história. Para a contadora de histórias Kelly Orasi, mestra no uso de objetos em narrativas, o objeto é como um fósforo que pode acender o fogo da imaginação infantil. É bom lembrar que um fósforo sozinho não faz fogo. O objeto, ao ser manipulado e elevado à qualidade de brinquedo, começa a ganhar características que, aí sim, vão além de seu uso cotidiano. O objeto-fósforo, aquele que acende a curiosidade, vai virar um brinquedo que faz parte de uma história, e a criança vai querer participar desta aventura maior... Ao ser contextualizado numa estória, o brinquedo ganha história. Ganha personalidade e energia. Sentimentos partem dele e vão a busca dele.

O que faz um personagem virar criança? A imaginação e a identificação com a história. As histórias podem funcionar como espelhos que refletem nossas alegrias, aflições, buscas... Mas, para isso, antes de tudo, é preciso que o narrador se deixe relacionar (e identificar diferenças e, principalmente, similitudes dele) com a história e com características de seus personagens.

O que faz estas três transformações ocorrerem em sala de aula? É preciso deixar a auto-crítica de lado e entrar no mundo da fantasia com as crianças. Recursos como objetos (que viram brinquedos que viram personagens) podem ajudar. Recursos visuais, efeitos e trilha sonora também. Mas o essencial é acreditar que aquele retalho amarelo é mesmo o sol.

Fabio Lisboa
http://www.fabiolisboa.blogspot.com/

Referências Bibliográficas
CAMPBELL, Joseph - O poder do mito – São Paulo: Palas Athena, 1990
JOBIM e SOUZA, Solange – Infância e Linguagem: Bakhtin, Vygotsky e Benjamin. Campinas, SP, Papirus, 1994
MACHADO, Regina - Acordais: fundamentos teórico-poéticos da arte de contar histórias - São Paulo: DCL, 2004
MARTINS, Marilena Flores - Brincar é preciso / ilustrações de Jonatas Tobias, Sao Paulo: Evoluir Cultural, 2009

Referências sobre oficinas e apresentações de Kelly Orasi:
http://www.trecosecacarecos.com.br

O texto acima acompanha uma Palestra-Oficina.

já realizada no XX Congresso de Educação do SINPEEM
(Sindicato dos profissionais em educação do município de São Paulo)
27 a 30 de outubro de 2009 - Palácio das Convenções do Anhembi – São Paulo – SP
Tema geral: Mudanças em educação: o tênue equilíbrio entre o tradicional e o novo
Eixo-temático: Isso não é brincadeira - o brinquedo, a fantasia, a infância...
Palestrantes: Fabio Lisboa e Ilan Brenman

V Festival “A Arte de Contar Histórias”

O Festival começa histórico-poéticamente falando... "Na Europa antiga, os Bardos, que cantavam a história de seus povos em poemas recitados, depois chamados Trovadores e hoje Contadores de Histórias, iam repassando as histórias que recolhiam em suas viagens, recheadas de personagens instigantes, lugares exóticos e castelos, povoando a imaginação dos ouvintes e permitindo que voassem pelo mundo."

Segue a agenda de minhas apresentações no V Festival “A Arte de Contar Histórias” ao lado. Programação completa em http://www.bibliotecas.sp.gov.br/.