Aqui você encontra a arte de contar histórias (storytelling)
entrelaçada à empatia, mediação de leitura, educação, brincar, sustentabilidade e cultura de paz.

Halloween à brasileira

Neste domingo, uma visita assombrada recheada de histórias assustadoras (e cheias de ensinamentos) da tradição popular brasileira:
01/11/09 - 17h – Visita assombrada à Mansão Macabra 
O passeio começa pelo jardim, com ouvidos atentos a sons indefinidos, olhos ligados em movimentos estranhos. O grupo entra pela sala de jantar e procura a passagem secreta que esconde um grande mistério. No porão, o grupo que ainda restou terá uma surpresa... no escuro. Com Fabio Lisboa.
MATINÊ MACABRA
RÉ LOU IM NA CASA DAS ROSAS
Saci-pererê, curupira, fantasmas, abóboras e mulas-sem-cabeça farão uma visita inesquecível à Casa das Rosas. O Dia do Saci foi criado em caráter nacional, em 2005, como uma forma de valorizar o folclore brasileiro, já o
Halloween é uma data tradicional do calendário celta, levada aos Estados Unidos no século XIX. Na Matinê Macabra da Casa das Rosas, todas as culturas convivem e as crianças só têm a ganhar!


Mansão Macabra 2009 é dedicada a Edgar Allan Poe, em comemoração ao bicentenário do poeta, com recitais, contação de histórias, apresentações teatrais, música gótica e performances macabras no jardim da Casa das Rosas.  Para os adultos, a partir das 20h do dia 31 de outubro (atravessando a madrugada) e no dia o1 de novembro, para as crianças, das 14 às 18h. 

Local: Casa das Rosas - Av. Paulista, 37 - Bela Vista

O imaginário transformador em sala de aula

Objeto que vira brinquedo, brinquedo que vira personagem, personagem que vira criança

Como é possível - ao brincar e contar histórias - que uma coisa vire outra (objeto-brinquedo, brinquedo-personagem, personagem-criança)? E o professor, pode facilitar estas transformações?

O que faz um objeto virar brinquedo? A imaginação. O poder da imaginação pode ser facilmente acessado pela criança e cabe ao professor propiciar este encontro frutífero: o objeto e a imaginação lúdica. Ao deixarmos o material encontrar o impalpável, o fixo vira mutável, o óbvio vira surpresa: o objeto vira brinquedo! Com o objeto em mãos e a mente livre, criança e professor irão inventar novos usos para o uso cotidiano ou, partindo de uma semelhança, vão extrapolar – criando, por exemplo, de um retalho amarelo, o sol.


O que faz um brinquedo virar personagem? A história. Para a contadora de histórias Kelly Orasi, mestra no uso de objetos em narrativas, o objeto é como um fósforo que pode acender o fogo da imaginação infantil. É bom lembrar que um fósforo sozinho não faz fogo. O objeto, ao ser manipulado e elevado à qualidade de brinquedo, começa a ganhar características que, aí sim, vão além de seu uso cotidiano. O objeto-fósforo, aquele que acende a curiosidade, vai virar um brinquedo que faz parte de uma história, e a criança vai querer participar desta aventura maior... Ao ser contextualizado numa estória, o brinquedo ganha história. Ganha personalidade e energia. Sentimentos partem dele e vão a busca dele.

O que faz um personagem virar criança? A imaginação e a identificação com a história. As histórias podem funcionar como espelhos que refletem nossas alegrias, aflições, buscas... Mas, para isso, antes de tudo, é preciso que o narrador se deixe relacionar (e identificar diferenças e, principalmente, similitudes dele) com a história e com características de seus personagens.

O que faz estas três transformações ocorrerem em sala de aula? É preciso deixar a auto-crítica de lado e entrar no mundo da fantasia com as crianças. Recursos como objetos (que viram brinquedos que viram personagens) podem ajudar. Recursos visuais, efeitos e trilha sonora também. Mas o essencial é acreditar que aquele retalho amarelo é mesmo o sol.

Fabio Lisboa
http://www.fabiolisboa.blogspot.com/

Referências Bibliográficas
CAMPBELL, Joseph - O poder do mito – São Paulo: Palas Athena, 1990
JOBIM e SOUZA, Solange – Infância e Linguagem: Bakhtin, Vygotsky e Benjamin. Campinas, SP, Papirus, 1994
MACHADO, Regina - Acordais: fundamentos teórico-poéticos da arte de contar histórias - São Paulo: DCL, 2004
MARTINS, Marilena Flores - Brincar é preciso / ilustrações de Jonatas Tobias, Sao Paulo: Evoluir Cultural, 2009

Referências sobre oficinas e apresentações de Kelly Orasi:
http://www.trecosecacarecos.com.br

O texto acima acompanha uma Palestra-Oficina.

já realizada no XX Congresso de Educação do SINPEEM
(Sindicato dos profissionais em educação do município de São Paulo)
27 a 30 de outubro de 2009 - Palácio das Convenções do Anhembi – São Paulo – SP
Tema geral: Mudanças em educação: o tênue equilíbrio entre o tradicional e o novo
Eixo-temático: Isso não é brincadeira - o brinquedo, a fantasia, a infância...
Palestrantes: Fabio Lisboa e Ilan Brenman

V Festival “A Arte de Contar Histórias”

O Festival começa histórico-poéticamente falando... "Na Europa antiga, os Bardos, que cantavam a história de seus povos em poemas recitados, depois chamados Trovadores e hoje Contadores de Histórias, iam repassando as histórias que recolhiam em suas viagens, recheadas de personagens instigantes, lugares exóticos e castelos, povoando a imaginação dos ouvintes e permitindo que voassem pelo mundo."

Segue a agenda de minhas apresentações no V Festival “A Arte de Contar Histórias” ao lado. Programação completa em http://www.bibliotecas.sp.gov.br/.

Capacitação gratuita de “Agentes do Brincar“ – inscrições até 16/10

 Esta capacitação incluiu Palestra A importância de se contar histórias e Oficina Como criar e contar histórias dadas por Fabio Lisboa.



Inscrições

Os interessados devem solicitar, preencher e enviar a ficha de inscrição por e-mail para projetos.apoana@terra.com.br até dia 16/10/2009. As inscrições serão aceitas até o preenchimento total de 40 vagas. Mais informações sobre a IPA: http://www.ipadireitodebrincar.org.br/

Brincar é preciso: Ler é preciso



Oi pessoal, segue convite para o lançamento do livro (do qual colaborei na escrita). No dia apresentarei uma História-brincadeira. Escrevi um release sobre o livro (abaixo).

Abraços,
Fabio

PS: Colaborei nos seguintes capítulos: Brincando e Jogando/ A arte de Contar Histórias e Os jogos cooperativos e a construção da paz.

Lançamento: Brincar é preciso!
Dia:
08 de outubro (quinta-feira)
Hora: 19:30h


Local: Livraria da Vila (unidade Vila Madalena)
Rua Fradique Coutinho, 915 Telefone: (11) 3816-2121 e 3814-5811

Haverá a apresentação de História-brincadeira com Fabio Lisboa. Bate papo com a autora e seu convidado Valdir Cimino, presidente da Associação “Viva e Deixe Viver”. Logo após a conversa, sessão de autógrafos.

Brincar é preciso: Ler é preciso

“Brincar é preciso!” é um livro escrito para que pais, mães, educadores e sociedade entendam a importância do brincar e de defender (e praticar) este direito. É um guia que traz dicas valiosas sobre como utilizar ferramentas lúdicas relacionadas ao brincar (brincadeiras movimentadas e reflexivas, jogos competitivos e cooperativos, histórias, brinquedos, etc). O teor consistente e profundo do livro se torna fluente e acessível na escrita da fundadora e atual presidente da IPA Brasil (Associação pelo direito de brincar): Marilena Flores Martins.

Para a elaboração do conteúdo, a autora contou com a colaboração de especialistas em diversas áreas do brincar: Andrew J. Swan, Edilene Modesto, Fabio Lisboa, Maria Paula Barros e Henrique C. Pessoa. Assim, a autora reúne ao seu conhecimento e experiência na idealização e implantação de projetos lúdicos, diferentes métodos, conhecimentos e dados científicos, fazendo com que o embasamento teórico venha naturalmente acompanhado de sugestões práticas.

A jornada começa com “Brincar como direito” e “Brincar para que?”, apresentando dados científicos sobre a importância da defesa deste direito; navega pelo “Brincar e o desenvolvimento infantil”, abordando características das diferentes fases da criança e brincadeiras adequadas para cada etapa; o “Brincar e as relações humanas” traçando como valores essenciais (como a confiança, alegria, respeito, organização, criatividade, esperança) estão inerentes ao ato de brincar e como podemos ser agentes portadores destes valores; abarca “Espaços para brincar, brinquedos, jogos e brincadeiras”, trazendo um leque de atividades divertidas e significativas; enfim, em seus “Pontos conclusivos” Marilena Flores Martins reforça em frases concisas porque Brincar é preciso: “O desenvolvimento na infância, proporcionado pelo brincar, é para toda a vida.”

Release originalmente escrito por Fabio Lisboa em seu Blog:http://www.fabiolisboa.blogspot.com/

Mais informações sobre o brincar e a IPA – Associação pelo direito de brincar:
http://www.ipadireitodebrincar.org.br/

Matéria sobre o livro na Livraria da Folha:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/livrariadafolha/ult10082u623273.shtml

Editora Evoluir Cultural:
http://www.evoluircultural.com.br/editora/catalogo/etica_e_cidadania/brincar_e_preciso
Livraria da Vila:
http://www.livrariadavila.com.br/

FICHA TÉCNICA
Autoria: Marilena Flores Martins.
Ilustrações: Jonatas Tobias.
Colaboradores: Andrew J. Swan, Edilene Modesto, Fabio Lisboa, Maria Paula Barros e Henrique C. Pessoa.
Formato: 21x21 cm, 52 págs, cor
Multidisciplinaridade: Pedagogia, Psicologia, Cidadania
Temas: Brincar, direitos, desenvolvimento cognitivo-motor e emocional, cidadania, educação.

Curso: Mediação de Conflitos

Construindo e Mediando Nossas Histórias
Curso Introdutório em Mediação de Conflitos
Facilitadores:
Fabio Lisboa e Sandra Inês Baraglio Granja

Idealização:Rose Marie Inojosa, Sandra Inês Baraglio Granja e Fabio Lisboa

Texto:
Fabio Lisboa

A comunicação para a paz e, em especial, a Arte de Contar Histórias terá um importante papel na metodologia criada para esta capacitação. As histórias funcionarão como catalisadoras de conceitos teóricos e pontos de partida para dinâmicas e vivências práticas.

Os temas das histórias escolhidas (comunicação, protagonismo, justiça, respeito às diferenças e pontos de vista, etc.), suscitarão reflexões pertinentes ao ato de mediar conflitos.

As tramas trazem em si conflitos que serão solucionados de forma pacífica (ou não). O poder das narrativas será usado no despertar do poder imaginativo de cada participante. O conto, em especial da tradição oral, é como um elixir que cura nossas aflições do dia-a-dia, é como um amigo que ouve sem preconceitos, é como um espelho que não apenas mostra quem realmente somos, mas mostra que somos capazes de enfrentar um conflito, buscar uma resolução para tal e caminhar (e encaminhar outros) para um possível final feliz.

Para Sandra Inês B. Granja, os casos reais, a ficção e as simulações a serem explorados neste curso introdutório, visam à mudança de nossas histórias, considerando a mediação como instrumento da transformação e convivência pacífica na Cidade de São Paulo.

Fabio Lisboa
em 29/09/09

PS: Consulte a agenda ao lado para saber as datas dos próximos cursos e como obter informações sobre inscrições - ou visite o site da UMAPAZ: http://portal.prefeitura.sp.gov.br/secretarias/meio_ambiente/umapaz/programacao/0001

Tempo da Poesia na Fundação Casa



Carregamos livros debaixo dos braços. Somos revistados. Todos são, antes de entrar na Fundação.

Armados de histórias e poesias adentramos os muros que protegem a sociedade dos menores infratores da Fundação Casa.


Somos revistados mais uma vez, agora por olhares curiosos. Revistamos com o olhar, em troca, tentando buscar individualidades por trás dos uniformes.

Antes de o sarau começar, conhecemos as salas de aula, de arte, de culinária e as quadras de esporte. Ouvimos histórias de umas poucas crianças que chegam adultos esmurrando paredes e dentes tentando criar o poder paralelo que os comanda lá fora. Este poder é barrado pela dedicação, disciplina e coragem de educadores e da maioria dos jovens a caminho da Progressão.

Quase todos entram em contato com uma profissão.
Aprendem a gostar de ler.
Aprendem a gostar de ser.
Esperam por uma chance de serem cidadãos.

No sarau, as vozes de contadores de história, escritores e poetas se misturam às vozes dos jovens. O resultado são pessoas que, enquanto durar o tempo da poesia, respiram arte por detrás das grades, aspiram por paz após os muros.

No fim, percebo que os muros não nos protegem de nada. Talvez, sirvam para proteger os jovens da sociedade lá fora. São muros que, enquanto durar o tempo da poesia, barram os comandos do consumo e do crime.

Fabio Lisboa
22-08-09, após o Sarau na UI Paulista




Fotos:

Marcelino Freire declama Patativa da Assaré
Jovem que comecou a aprender a ler há dois meses explora a poesia em voz alta
Reportagem em:
Jovens da UI Paulista mostram talento e surpreendem poetashttp://www.casa.sp.gov.br/site/noticias.php?cod=2515

Projeto PraLer:
http://www.poiesis.org.br/


Blog de Rui Mascarenhas:
http://www.meiohomem.blogspot.com/

Texto “Tempo da Poesia na Fundação Casa” em:
http://www.fabiolisboa.blogspot.com/